Mar de Tiberíades, no Norte de Israel. |
Por Pb Isaac Moura
O mundo contemporâneo virou uma
bomba relógio? Você já se deu conta de que estamos vivendo momentos confusos em
todas as áreas da vida? Você já parou para fazer as contas e percebeu que os
números perderam a lógica? Até quando isso perdurará?
Estes questionamentos
provocadores, na verdade, são lamentos da humanidade da era pós-moderna.
Instalou-se no mundo de uma hora para outra um clima de tensão único que tem
desesperado poderes constituídos e nesse meio estamos como cristãos.
Lendo o texto de João 21 vemos as
cenas atuais montadas naquele cenário. Ali, estampa-se o momento que tudo
parece está dentro de uma situação, trivial e ao mesmo tempo cômica. Os
discípulos querendo se acostumar a uma situação pouco comum. Nesse contexto
espera-se por uma solução, afinal, estavam prestes a chegar em casa sem nenhum
peixe depois de uma noite de pescaria ao vão.
Enquanto uns pensam numa
explicação, outros esperam ainda por uma solução. Opa! Solução! Vivemos um
momento a procura de soluções; a todo instante surgem problemas e queremos
soluções. O que nos inquieta é que a cada solução alcançada vem nela um novo
problema. Alguém é preciso ver e agir para uma solução.
O que nos chama a atenção é que
apenas sete dos doze discípulos estavam presentes, onde estavam os quatro? A cena
do texto é importante pois, trata-se da aparição do Cristo ressurreto.
Aprendemos a lição de estarmos juntos em propósito quando a crise chegar.
Quando a crise chegar, vamos se manter unidos! Da primeira vez Tomé não estava,
desta vez sim.
Aqueles discípulos foram pescar
porque havia o clima do “foi bom enquanto durou”, a pesca foi a fuga pra
decepção que eles tinham enfrentado por engano ou pela falta de fé. Pensava Pedro
que tudo havia passado com a morte de Cristo, pelo contrário, Cristo escolheu o
momento para mostrar que aqueles peixes do rio seriam esquecidos para sempre,
os pescadores seriam agora pescadores de homens (Lc 5.10).
No v 5 Jesus abre um confronto: “Cadê os
peixes da vossa pescaria” (grifo meu). Ao pedir os peixes, é como se o Mestre
estivesse solicitando dos discípulos o que era natural para um pescador ter, o
bom pescador sempre volta pra casa com peixes. Isso não acontece! – Por que nos
acostumamos a uma vida cristã sem produtividade? No entanto ainda creio que
pedir os peixes era um alerta de que sem Cristo nada poderiam fazer (Jo 15.5).
No anseio de justificar alguma
coisa até nos empenhamos em fazer alguma coisa, mas estamos produzindo bons
resultados ou não? A resposta bem consciente dos discípulos reflete a
sinceridade individual, o NÂO reflete a falta de alguma coisa. A falta de algo
que não poderia faltar. Uma resposta só convence se corresponder ao
conhecimento de quem entende as perguntas. Cristo pergunta, e, os discípulos
respondem sem nem ao menos saberem quem estava perguntando. Você já articulou
uma resposta na vida para alguém que não conhece sem nem mesmo saber o porquê
da pergunta?
No momento de crise vale a pena a
fé e a obediência aos princípios do evangelho. Jesus ordena uma re-pesca;
aponta o lugar ideal e como é característico, aponta o resultado por
antecipação. Na sequência, surge alguém com a verdadeira consciência – João
reconhece a Cristo, ele se abre para a identidade do mestre amado. Quando a
identidade de Cristo se revela geralmente a identidade humana toma outro rumo,
como seres humanos apenas, não temos condições de permanecer na presença de
Cristo. Pedro exemplifica a nossa situação, ele pula na água.
Você tem reconhecimento a
realidade da identidade de Cristo? Como estamos nós? Como viveremos quando as pescarias forem
meras ilusões?
As crises mundiais que assolam a todos,
são um sinal de um grave problema. Toda crise é cheia de contradições, para uma
crise há várias opiniões. A pior verdade sobre as crises é que elas tem a
tendência de eliminar o poder da identidade. No meio da crise ninguém reconhece
Cristo, exceto João. O mundo está em crise por que não reconhece Cristo. A
verdadeira identidade de Cristo está a disposição de todo e qualquer cristão.
Quando a crise chegar vamos nos
manter unidos!
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