A conceituação do reino de
Deus é o tema chave da mensagem do evangelho de Cristo Mc 1.14,15. Para Cristo,
o tema precisava de prioridade entre nós cristãos; o entendimento do reino e
suas peculiaridades são definidoras do relacionamento entre nós e Deus Mt 6.33.
A função salutar do evangelho é propagar e envolver-nos no reino de Deus; pelo
evangelho temos acesso ao reino de Deus. Viver as diretrizes do evangelho é o
termômetro da inserção no reino de Deus.
Ao escrever o evangelho de
Marcos, o autor sagrado teve o intuito de anunciar a salvação aos romanos. Para
tanto, usou de cautela para não comprometer o evangelho pelo lado político do
momento tendo em vista que o império romano dominava e a esperança dos judeus
era a eliminação deste poder e a rápida implantação do reino de Deus em forma
física.
Certa vez, os fariseus
perguntaram a Jesus quando viria o Reino de Deus, sem objeção, Ele respondeu:
“Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá
está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17.20-21).
O reino remete-nos a ideia
do domínio, da majestade. O reino de Deus se instala em nós a partir do momento
que nos entregamos ao senhorio de Cristo! Ao afirmar que o reino não tinha
aparência física estava o mestre galileu afirmando que antes de tudo, o poder
do reino se manifesta internamente nos corações. Na época, muitos judeus
buscavam impor uma derrota militar a seus governantes romanos e o estabelecer
um reino israelita independente e restaurado sob um Messias enviado por Deus.
Como eles viram na profecia
bíblica, este reino terrestre iria subjugar todos os inimigos no fim da
presente época e ser um governo supremo numa época gloriosa do futuro. Para
alguns isso era sinônimo do tempo de julgamento divino e da ressurreição
dos mortos.
Os
romanos sabiam muito bem da ameaça que tinha de um novo reino, no entanto, esse
reino não tinha interesse na política, no dinheiro e nem no sistema educacional
da época – este reino desejava corações de todas as idades e classes. Os bens,
a educação, o dinheiro não possuem vontade própria, os homens sim, esses que
fazem as coisas acontecerem e o reino de Cristo visa isso, Mt 4.19
disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
A
maioria dos profetas fizeram referência à realeza de Deus, assim como Seu
domínio sobre o céu e a terra — e Seu futuro reinado sobre todas as nações.
Muitos judeus do primeiro século estavam, como José de Arimatéia, “esperando o
reino de Deus” (Marcos 15:43) — isto é, esperando que ele venha no futuro.
Este
reino já veio, para entrar nele você precisa de duas coisas: 1) arrependimento;
2) fé. Muitos invertem a ordem, acreditam que por crerem serão incluídos no
reino esquecendo que para entrar nele precisa romper por meio do arrependimento
o laço com o mundo. Tem você abnegado do mundo para seguir o reino de Deus,
ou permitido que ele entre em seu coração? Apocalipse 3.20 - Eis que
estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Isaac Moura
Presbítero da Assembleia de Deus em Mojuí dos Campos-Pará (BR)
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