REFLETINDO...

O homem é o centro da criação.

11 de setembro de 2012

PERÍODO INTERBÍBLICO

PERÍODO INTERBÍBLICO A Expressão “400 anos de silêncio”, empregada frequentemente para descrever o período entre os últimos eventos do AT (Malaquias) e o começo dos acontecimentos do NT (advento de Cristo) não é correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado tenha se erguido em Israel durante aquele período, e mesmo que o AT estivesse completo para os judeus; certos acontecimentos ocorreram e deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do evangelho. Politicamente, Israel estava sob o domínio do império persa, que prosseguiu por quase 100 anos. Em todo o período, os judeus ficaram sob domínio estrangeiro, com exceção de 167-63 a.C., período que abrange a revolta dos irmãos macabeus. Após 70 anos de cativeiro, sob a ordem de Ciro, príncipe da pérsia, os judeus voltaram para Jerusalém e reconstruíram o seu templo. Também nesta época, os samaritanos construíram um templo sob o monte Gerizim (Jo 4). No ano 333, Alexandre, o Grande, deslocou-se da Macedônia e subjugou o império persa. Nascia o império grego. O príncipe macedônio iniciou uma relação amigável com os judeus e para o Egito ficou consagrado como um libertador de opressão. O domínio grego se estabeleceu a principio, através da sua cultura: língua, vestimenta, nomes pessoais gregos e na arquitetura. Vale registrar que o domínio linguístico por todo o Mediterrâneo e outras regiões favoreceu a vinda do Salvador. Alexandre morreu em 323 aos 33 anos de idade, mas seu império dominou por mais de 150 anos, porém já dividido entre os seus quatro generais mais famosos: Seleuco I, Nicator; Ptlomeu I Sóter I, Ptolomeu Lagos; Cassandro e Lisímaco. A herança de Alexandre foi resumida nas palavras do historiador W.W Tarn: “transformou o mundo de tal maneira que nada depois dele poderia ser como era antes”. Sob o domínio romano, houve o término da independência judaica a partir de 63 a.C. passando a fazer parte da província romana da Síria. Os principais governadores da Palestina durante o período romano até o início da era cristã foram: Ircano II (63-40 a.C.); Antígono (40-37 a.C.); e Herodes, O Grande (37-4 a.C).

PROJETO DE PESQUISA_pós-graduação

Tema/Delimitação do Tema: Gestão na Educação Superior: Estruturação da Educação superior no Brasil e seus impactos na formação acadêmica. Problematização Levando em consideração as ideologias que fomentaram o surgimento das primeiras instituições de ensino superior no Brasil, percebe-se inúmeras questões que promoveram um atraso intelectual do país. Também é possível constatar que a estruturação dessas instituições enfrentaram várias barreiras até chegar a resoluções mais amenas; isso é, se comparar ao que se considera verdadeiramente como o papel ideal da universidade. Da análise histórica, é comprovado um privilégio claro à elite, daí analisar preponderantemente o surgimento das primeiras instituições apenas no século XIX, dessa forma, a ideologia dominante buscava construir uma sociedade acrítica, subversiva ao poder imperial. Difundindo assim, um modelo complexo de sistema educacional. Nos dias atuais os debates se concentram nos trâmites de acesso das massas, qualificação docente e consequentemente a qualidade do processo ensinoaprendizagem. Outro fator que discorre para uma tomada de reflexão é o aumento significativo de instituições em todo o território nacional, se por um lado isso facilita ou promove o acesso das classes menos favorecidas, é questionável a forma como o ensino vem sendo processado e sua qualidade na formação acadêmica. Portanto, o processo de gestão é de fundamental importância para sanar os contratempos existente entre a instituição de ensino e o cidadão. Cabendo frisar que o sentido de gestão é aquele que se inicia no comando central de regimento do sistema de ensino atingindo o modelo específico adotado em cada instituição. Justificativa De forma generalizada, a universidade é vista como a grande responsável pela formação profissional que a sociedade exige de cada indíviduo. Para tanto, esse papel nem sempre se efetiva devido alguns fatores internos ou do próprio sistema que acaba por transportar sua missão e meta. Resta-nos buscar a compreensão sobre como seria o padrão ideal para os comportamentos do sistema de ensino para que viesse atender as demandas sociais não deixando de lado as exigências sociais. Essa pesquisa se firma na crença de que o ensino superior brasileiro carece de profundas reformulações afim de alcançar seus objetivos primários. Objetivos.  Avaliar o processo de construção da educação superior no Brasil e sua responsabilidade na construção da sociedade;  Propor uma reflexão sobre a atual conjuntura universitária brasileira;  Estabelecer uma compreensão do processo de gestão e a formação acadêmica; Fundamentação teórica. No século XIX, o surgimento da universidade brasileira foi um fator de complexa instalação, pois o mesmo era totalmente vinculado a ideologias do colonizador, fato este que acabou por delimitar toda a missão da educação superior. Tendo em vista que o ensino superior visa desenvolver diretamente a sociedade, é preciso que o mesmo seja voltado diretamente para atender as demandas sociais momentâneas, o que comprova não ter sido o pensamento da elite européia presente no Brasil na época do império. A gestão fechada ao povo natural e aberta a elite, transcorreu tanto tempo a ponto de fundamentar uma estruturação do ensino ainda vigente no dias atuais. Para Piletti (2000): A nova realidade brasileira passou a exigir uma mão-de-obra especializada e para tal era preciso investir na educação. Sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando [...] as universidades brasileiras ainda existentes. A educação superior brasileira se configura, hoje, em um sistema complexo, com um número de instituições (públicas e privadas) bastante diversificado e com uma variedade de cursos e programas, incluindo os vários níveis de ensino, desde a graduação até a pós – graduação nas modalidades lato e stricto sensu. Esse formato merece um reconhecimento extraordinário, mas ao tempo exige um olhar crítico para a qualidade do ensino universitário. Para que haja uma compreensão da atual conjuntura do sistema de educação superior é neccessário haver uma interpretação sensata do caso de forma geral. Para Zoccoli (2009, p.18) “Essa compreensão é essencial, pois afeta de maneira direta a forma de trabalhar para a reconstrução do saber no fazer pedagógico, processo que deve ter sua ação pautada na coletividade em todos os níveis de ensino”. Metodologia Para a efetivação da pesquisa será empregada uma pesquisa bibliográfica, cujo objeto de análse será o levantamento das ideias descritivas do sistema de educação superior. Procuraremos levantar informações a fim de subsidiar a compreensão da relação entre a gestão e qualidade do ensino, pesquisa e extensão que são a base do ensino superior. Verificar-se-à por meio de comparação as modificações benéficas do processo primitivo para o atual; interpratando os registros e suas relações com o modelo de universidade atual, observando o processo de acesso aos curso, as responsabilidades sociais das instituições, tanto públicas quanto as da iniciativa privada. Referências JESUS, Adriana Regina de. Processo Educativo no Contexto histórico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. PILETTI, N. História da Educação. São Paulo: Ática, 2000. ZOCCOLI, Marilise Monteiro de Souza. Educação Superior Brasileira: Política e Legislação. Curitiba: Ibpex, 2009.

30 de março de 2012

GESTÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: ESTRUTURAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO ACADÊMICA.

O processo de gestão na educação superior bem como sua estruturação no Brasil vem sendo discutido em ampla escala pelo fato de estarmos vivenciando novas mudanças sociais que têm desencadeado uma série de desafios a todos os aspectos da vida. O objetivo maior ainda é analisar os impactos na formação acadêmica, tendo vista que os fatores econômicos e sociais especificamente acabam exigindo novas perspectivas para o desenvolvimento do mercado.
Por essa razão, buscou-se compreender a partir dos mecanismos históricos a configuração do sistema educacional para que se compreenda o papel da universidade e suas responsabilidades com a sociedade em que está inserida para operar as transformações que a mesma necessita.
O aumento significativo das instituições acaba por facilitar o aumento de vagas, mas acarreta por outro lado fortes tendências para uma má formação se não posto fortes indicadores de qualidade da educação superior nacional. Deve-se verificar todo o sistema e interpretar que ao longo da história do país, o conhecimento constitui-se na ferramenta principal da transformação da qualidade de vida e do desenvolvimento social.
O presente trabalho se estrutura em quatro tópicos que se destinam a descrever a história do ensino a fim de compreender as ideologias presente no momento da implantação do ensino superior, e também a acompanhar a expansão universitária, fato que acompanhou o crescimento populacional e a redescoberta do país em pleno século XX. Discutiu-se também a atual organização do sistema educacional e suas tendências frente aos desafios que a pós-modernidade proporciona a sociedade, e, por fim verificar como a gestão das IES atua sobre o processo de ensinoaprendizagem; atendendo assim todo o desejo imposto pela sociedade em busca de melhoras na qualidade de vida.

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
“A educação sozinha não transforma a sociedade; sem ela tampouco a sociedade muda”
Paulo Freire
Que poder é exercido pela educação na história de um povo? A educação carrega em si a força que prepara o indivíduo para os desafios da vida em sociedade. Em contextos gerais, a identidade educacional brasileira se forma no domínio colonial no Brasil que a princípio subordinou tanto os nativos quanto os negros africanos transformando – os em objetos de satisfação produtiva para a burguesia mercantil portuguesa. A movimentação política na colônia procurava ininterruptamente atender os comandos da metrópole. Para isso, o regime adotado lançava mão dos recursos da escravidão para servir-se de forma cruenta da dignidade humana.
No que se refere ao processo educacional, pode se afirmar que, servia de conveniência aos interesses dessa camada e que exercia o poder de articulação entre a colônia e a metrópole.
Segundo Aranha (1989), no primeiro plano educacional elaborado por padre Manoel da Nóbrega:
Nota-se a intenção de catequizar e instruir os indígenas, como determinava os “regimentos”. Percebe-se, também, a necessidade de incluir os filhos dos colonos, uma vez que, naquele instante, eram os jesuítas os únicos educadores de profissão que contavam com significativo apoio real da colônia.
Percebe-se nas palavras do autor a influencia da ideologia do Estado sobre o sistema educacional. Uma vez que outorga mesmo nas sociedades democráticas, determinações que nem sempre são condizentes com o princípio de liberdade, que cremos ser um dos principais pilares da educação, como a ferramenta que moldam os seres humanos ensinando-os nas práticas inerentes ao seu viver.
Os colégios jesuíticos caracterizavam-se como instrumento ativo de formação da elite colonial. Afinal, a educação, pode ser, em determinados contextos, uma serviçal do poder, ou ser transformada em instrumento de tal interesse do Estado ou a quem mais interessar. Os indígenas eram apenas catequizados.
Contribuindo para essa reflexão Xavier (1994, p. 41) afirma que:
A tarefa educativa dos jesuítas era basicamente aculturar e converter ignorantes e ingênuos, como os nativos, e criar uma atmosfera civilizada e religiosa para os degredados e aventureiros que para aqui viessem. Isso constituía uma empreitada que exigia muita criatividade no que diz respeito aos métodos de ação, considerada a heterogeneidade da clientela que tinham diante de si.
Verifica-se que a ideologia educacional pode, entre tantas portas sociais, ser usada como recurso de poder; sendo usado pelo estado como forma de atingir seus desígnios na sociedade por ele representada.
Desde seus primórdios aos dias atuais, o ensino superior brasileiro sofreu diversas transformações até configurar-se em um sistema mais sólido e democrático. O surgimento das primeiras experiências ocorreu três séculos após a chegada dos colonizadores. Conforme Morosini (2005) a criação de cursos superiores no país ocorreu somente com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, no início do século XIX, em 1808 especificamente. Freire (1993) nos informa que com o estabelecimento da Corte Portuguesa, no Rio de Janeiro em 1808, houve uma preocupação com o ensino imediato e profissionalizante com o objetivo de preparar o pessoal para atender aos novos quinze mil habitantes da nova sede do Reino.
É bom registrar que duas tendências marcantes caracterizavam esse período: cursos isolados – não universitário – e uma preocupação voltada totalmente para o aspecto profissionalizante. Fortemente influenciado pelo modelo francês, o ensino superior brasileiro não superou a orientação clássica, pois prevaleceu a desvinculação entre teoria e prática. Fato este ainda hoje questionado pelo sistema de avaliação do país. Os principais cursos eram voltados para a medicina, engenharia, direito, agricultura e artes.

A EDUCAÇÃO SUPERIOR PÓS-REPÚBLICA
Após 67 anos de monarquia, o Brasil inaugurou sua república debaixo de clima de fracasso político em 15 de novembro de 1889. Desse período até meados do século XX, a educação caminhou a passos lentos. Verifica-se um movimento vazio, sem demonstração de avanço.
Historicamente, foi a partir da década de 1930, em plena modernização do Brasil, que surgiram variadas propostas de revolução da educação e ensino. Entre elas, se buscava aprimorar o direito à educação e o dever do Estado em oferecer tal recurso. Entre tantas reformas oriundas desse período, destacam-se os movimentos referendados pela ABE (associação brasileira de educadores), criada em 1924. A semana da arte moderna (SAM) movimento intelectual ocorrido no teatro municipal de São Paulo de 11 a 18 de fevereiro de 1922, e a fundação do Partido Comunista em 25 de março de 1922. Vale ressaltar que esses movimentos revelavam nas suas ideias o desejo de desenvolvimento intelectual buscando equiparar o modelo brasileiro àquele predominante na Europa.
Outro movimento que marcou profundamente foi o manifesto dos pioneiros da educação nova em 1932; movimento formado por 26 educadores que defendeu o comportamento das instituições de ensino, que na prática devia portar-se com laicidade, oferecendo ensino gratuito e obrigatório. Com essa ideia fundamentava a denúncia de que a forma como a educação se desdobrava no seu processo não atendia as expectativas para o desenvolvimento. Na sua prática central, propunha novas habilidades pedagógicas, uma reformulação de ensino superior que necessitava com nível de urgência de uma racionalização científica. Esse movimento contribuiu fortemente para a criação da Universidade de São Paulo (USP), em 25 de janeiro de 1934.
Voltando-se para o ensino superior, o movimento detectou que para chegar ao pleno objetivo da universidade, era preciso transformá-la na principal fonte de investigação científica. Dessa forma, todo indivíduo se tornará um divulgador e um contínuo investigador de causas e efeitos dos problemas da modernidade.
Todas as defesas convergiam para uma renovação do sistema educacional que até então era ainda regido pelas determinações da constituição federal de 1891. Umas das primeiras medidas que modificou diretamente o ensino superior foi o decreto nº 11.530 de 18/3/1915, mais conhecido por “Reforma Carlos Maximiliano”, suas principais resoluções atestavam à manutenção do vestibular e o controle federal sobre o sistema. Conclui-se que todas essas pequenas mutações relacionavam diretamente ao processo de ensino. Ressaltamos ainda que ele “representou o meio-termo quanto à interferência do Estado nos assuntos de instrução e instituindo a autonomia relativa, a nova lei reintroduz a tarefa disciplinadora e aperfeiçoadora do governo Federal na instrução secundária do país” (NAGLE, 1976, p. 145)
No que diz respeito ao desenvolvimento e ampliação do sistema nacional só verá resultados mais concretos a partir da fusão da Escola Politécnica e a Faculdade de medicina que originou a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1920.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 4.024/1961, amplia-se as responsabilidades do Estado com a educação pública. Essa responsabilidade se estendia a estabelecimentos sustentados por municípios, estados, iniciativa privada para comprar, construir ou reformar prédios e ou fornecer outros subsídios inerentes a educação. Em um trecho da lei, no (Art.6º) se lê: “o ministério da Educação e do Desporto exerce as atribuições do poder público federal em matéria de educação, formular e avaliar a política nacional da educação, zelar pela qualidade do ensino e velar pelo cumprimento das leis que o regem”.

EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO SÉCULO XX.
Como o surgimento das primeiras universidades plenamente brasileiras só se deu na década de 1920, data próxima das comemorações do primeiro centenário, é importante considerar que o cenário político, caminhava para fortes embates na economia nacional frente ao cenário mundial.
O processo de industrialização desencadeado nas décadas de 1960 e 1970 acabou fomentando a concentração urbana e com isso percebeu-se a má qualificação de mão-de-obra. Isso culminou na exigência de algo que o governo não poderia dá: aumento significativo de vagas nas universidades para qualificar e formar novos profissionais. Dessa forma o conselho federal de educação requereu a aprovação de vários novos cursos e a mudança no processo de avaliação para o ingresso em cursos superiores, ou seja, o vestibular regula a entrada a universidade. Analisando a situação, pergunta-se: e o direito de acesso ao ensino público?
Uma significativa mudança constatada nesse período foi à pressão que forçou a mudança no que diz respeito nos cursos, a nomeação de diretores de unidades, pois a mesma passa a ser dividida e funcionar em vários departamentos, facilitando assim, o deslocamento do conhecimento e a melhor distribuição de recursos.
A reforma estabeleceu-se sob a Lei nº 5.540, de 28 de dezembro de 1968, aprovado pelo Congresso Nacional no governo militar do presidente Costa e Silva. Tendo como alvo a fixação de normas de organização e funcionamento do ensino superior. A lei, concebida dentro do acordo MEC-USAID que precedeu o AI5.
Dentro dessa lei foi instaurado o decreto nº 464/1969, que garantia a “eficiência, modernização e flexibilidade” no âmbito administrativo das instituições, assim sendo, buscava-se elevar o nível de desenvolvimento cultural e intelectual para favorecer o processo de desenvolvimento das indústrias espalhadas pelo país. As prerrogativas legais apontavam para o requerimento de profissional da educação voltado totalmente para as suas atividades, obedecendo, em plenitude as determinações dos poderes regentes da educação.
Para MARTINS (2009) dos resultados visualizados das recorrências oriundas dessa lei, afirma-se que na íntegra ela visou fundamentalmente a modernização e expansão das instituições publicas, destacadamente das universidades federais. Fazendo surgir o “novo” ensino superior.
Até aqui fica claro que todo o processo educacional se desenvolve buscando atender todo um processo social, que ideologicamente cobra um modelo de educação capaz de satisfazer essas exigências, por essa razão, evidencia-se diferentes pensamentos a respeito que o homem representa para determinados momentos da história.
Ao pensar a educação no Brasil é impossível nosso pensamento não procurar compreender o tríplice princípio: ensino, pesquisa e extensão. Interpreta-se que o ensino precisa voltar-se propositalmente para a fundamentação do processo de aprendizagem; a pesquisa volta-se tanto para a ampliação do saber quanto para contribuir com o acompanhamento das mudanças inevitáveis a todo processo no decorrer do tempo; e a extensão a conexão entre a instituição e a sociedade que é por legitimidade a grande privilegiada pela produção dos conhecimentos.

A CONJUNTURA UNIVERSITÁRIA NOS SÉCULOS XX E XXI
O século passado nos deixou uma herança, que se reformula a cada dia em um desafio. O momento histórico atual exige que as IES mantenham um [re] pensar constante, pois a sociedade lança sobre elas a responsabilidade de buscar respostas para os entraves que as transformações do mundo digital encarrega sobre os indivíduos em todos os aspectos. Elas tornam-se o alvo direto, pois as mudanças ocorridas no âmbito político, sócio-cultural e econômico encaminham para a educação o peso de desenvolver toda a sociedade, transformando-a em ferramenta preparada para desenvolver com competência toda sua prática profissional. Todo esse processo é desencadeado a partir do surgimento da modernidade na Europa nos séculos XVIII e XIX.
Os fatores políticos, sócio-cultural e econômico formam uma cadeia sempre vinculada a uma intencionalidade. O projeto mercadológico atual exige que os profissionais desenvolvam habilidades e competências amplas, com isso, ocorre uma interação e ao mesmo tempo uma fusão de processos que desencadeiam na satisfação do pleno objetivo do capitalismo, aumentando o desempenho no mercado e a lucratividade com mais rapidez e menos investimento. É importante registrar as palavras de Zoccoli (2009, p. 18): Essa compreensão é essencial, pois afeta de maneira direta a forma de trabalhar para a reconstrução do saber no fazer pedagógico, processo que deve ter sua ação pautada na coletividade em todos os níveis [...].
Para a autora, relacionar esses fatos diretamente com as IES, é perceber que predomina uma cobrança automática de todo um processo que deve sobrevir internamente e abrangendo todos os setores da instituição. Na prática, isso se revela na atuação e na responsabilidade que todos os profissionais (de baixo ao alto escalão) precisam responder com habilidade e muita competência sua função no decorrer de todo o processo.
O sistema universitário brasileiro se configura conforme abaixo:
Essa forma do Estado gerenciar o sistema é comprovadamente que o objetivo maior é tentar alcançar o indivíduo dentro das expectativas que o mercado de trabalho exige, pois cada instituição se voltará exclusivamente para preparar e trabalhará com uma grade curricular onde serão focalizadas as áreas de conhecimentos de forma clara e objetiva.
Todas as modificações sociais pelas quais o Brasil passou, criou um cenário educacional onde a presença do professor assume uma postura ampla no âmbito da instituição. Evidencia-se o surgimento de novos atores educacionais e a proliferação de instituições de mais variadas espécies, compondo um quadro bastante heterogêneo e com complexidades profundas.
Considera – se que os maiores desafios da universidade hoje ainda se pressupõem ser a colocação da população por meio de vagas e a qualidade do ensino oferecido. Ainda se enfrenta as questões em oferecimento de vagas, a administração das entidades e o aperfeiçoamento do professor, fato que acaba refletindo na formação acadêmica de um modo geral.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Segundo o Dicionário Aurélio, gestão significa “o ato de gerir, da gerência, da administração de algo“. Gerir, por sua vez, deriva do latim gerere, que significa “trazer, produzir, criar, executar, administrar“. Administrar significa “dirigir qualquer instituição, reger com autoridade suprema, governar, ou manter sob controle um grupo, uma situação, a fim de obter o melhor resultado”.
Para Rosa (2005) administrar “significa principalmente trabalhar com pessoas”.
Para esse autor, o gestor é alguém dotado da capacidade de conduzir as ideias do grupo, dessa forma, agirá com prudência antes de tomar a decisão final e outorgar poder de atuação aos membros da equipe para que a operação seja bem realizada. É importante registrar que terá de ser bastante atencioso no que diz respeito a permitir que sua relação com o grupo (relação pessoal) interfira no profissional.
Em se tratando de instituição de ensino superior, é colocado que a mesma é constituída em:
Empresa especializada – a exemplo de qualquer outra, que precisa ter um comportamento padrão, que seja reconhecido pelo seu público atual e potencial. Justamente por isso é que existem normas internas a serem seguidas, aprovadas pela direção, às quais todos devem estar subordinados (Rosa, 2005, p 47).
Fica definido que todo o grupo deve trabalhar deliberadamente para atender tanto a qualidade, pois isso será fator determinante do sucesso da instituição, com isso, cobra-se um ajuste entre o professor, método, a didática e prática pedagógica. Toda essa organização deve acontecer para que o público seja satisfeito em sala de aula e com isso gere, adquira e processe mais conhecimento.
Segundo a análise de (PARO, 2000, p. 7), considera-se que a:
“administração democrática [...] é portadora de uma especificamente que a diferencia da administração especificamente capitalista, cujo objetivo é o lucro, mesmo em prejuízo da realização humana implícita no ato educativo. Se administrar é utilizar racionalmente os recursos para a realização de fins pedagógicos na forma de alcançá-los”.
O autor considera de forma veemente que a gestão democrática se constitui em algo utópico na sociedade de hoje, a razão básica é que há um grupo hierárquico que atua no interior da instituição fazendo prevalecer um conjunto de interesses provenientes de circunstâncias diversas e de amplo alcance para os objetivos e a missão da mesma. Sendo um modelo de gestão deliberado pelo próprio grupo de funcionários, ou outorgado pelo poder maior.
Analisando o atual contexto de expansão da universidade brasileira, questiona-se: Como avaliar o crescimento gigantesco do número de Instituições de Ensino Superior no Brasil nas últimas décadas?
As políticas de expansão da educação superior sofreram uma enorme aceleração nos últimos 10 anos. Entre as mais concretas expansões destacamos o crescimento do setor privado, e é bem verdade que elas têm impulsionado a procura por formação de uma forma como nunca visto.
De acordo com o Censo da Educação Superior, divulgado na Revista Ensino Superior, o número de Instituição de ensino superior cresceu 152% no Brasil, em um período de 9 anos, entre 1997 e 2006, sendo 193% o crescimento das privadas. De acordo com o mesmo Censo, no Brasil existem 2.270 IES, sendo 2.022 privadas e 248 Públicas. Em termos de números de alunos, correspondem a 4.676.646 alunos entre IES públicas e IES privadas, o que representa um aumento de 140% no período de 10 anos. Em 1994, o Brasil contava 1,6 milhões de estudantes universitários, hoje, em 2011, 5 milhões, dados fornecidos pelo INEP
Porém, é necessário verificar a situação - além estudos e pesquisas; é importante realizar reflexões desencadeando também uma avalanche de propostas sobre a gestão adequada à demanda apresentada, implementando uma análise profunda sobre a dinâmica dos mecanismos dessa evolução e sua influência no desenvolvimento educacional do país.
Para FLEURY e FLEURY (2001), qualquer profissional da educação precisa ser enquadrado dentro de requisitos que facilitem sua participação no processo de ensinoaprendizagem. Entre tantas competências, ele destaca: O agir compreendendo a capacidade de aplicação dos conhecimentos para interferir no contexto; precisará ter capacidade de se comunicar para compartilhar significados; deverá ser aberto a novos conhecimentos e compreendê-los; tendo aptidão de engajar-se, tornando-se um sujeito ativo nas suas tarefas; assumir responsabilidade com foco no bem comum e ter visão estratégica de todos os aspectos da instituição.
Tratando-se do funcionamento da instituição, o planejamento se define como o grande propulsor das atividades científicas. Entende-se que o planejamento precisa envolver as ações provendo objetivos claros, e flexíveis para que se molde aos contextos imediatos. Historicamente, o homem primitivo imaginou como poderia agir para vencer os obstáculos que se interpunham na sua vida diária.
Para Martinez e Oliveira, apud Menegolla e Sant’Ana, planejamento é: “um processo de previsão das necessidades e racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivo concretos, em prazos determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação científica da situação original”
Todo tipo de planejamento é envolto por alguns conceitos. O planejamento decorre em várias etapas até que se chegue a uma sequência lógica; sendo que todas as etapas são constituídas por normas, métodos e técnicas específicas.
O bom gestor se caracteriza por alguns quesitos importantes. Para os autores citados, ele precisa ser habilitado a: 1) prever necessidades; 2) Racionalização dos meios e recursos humanos e materiais; 3) visa alcançar os objetivos em prazos e etapas definidas. Na prática, o funcionamento se da pelo ver e pensar no que é necessário para realizar algo tomando como base a realidade. Enfocando-se no presente e tendo assim a previsão de futuras necessidades.
Para racionalizar, deve-se ter proposição ou colocações bem definidas. É saber usar com sabedoria a razão para poder efetivar uma real previsão das condições institucionais.
Essas afirmações se embasam no pensamento de que a “a educação, como processo de reconstrução do homem em todas as suas dimensões, pessoais, sociais, culturais e históricas, realiza-se no mundo dos homens, promovendo uma ação de desequilíbrio perante a realidade da natureza do homem, pois o homem, agindo ou interferindo no processo evolutivo da natureza, é capaz de provocar a ruptura necessária para mudar a própria direção dos fenômenos determinísticos (Menegolla & Sant’Ana, 2003, p. 22).
É importante que o gestor tenha uma visão de um planejamento que leve em consideração o contexto humano; nessa direção Freire afirma que o homem traz em si imperfeições e a constante busca de querer ser mais. Assim, como lutar pra manter ou criar novas esperanças. Mediante suas tomadas de decisões decide sair ou viver pela visão fatalista do real. Viver com esperança é nutrir-se de um impulso vivo de otimismo radicado na consciência de ser, com outros homens, inconcluso, portanto, em busca permanente: “Não é possível buscar sem esperança; nem, tampouco, na solidão” (FREIRE, 1995, p. 87).
Todas as proposições do planejamento precisa se voltar para a autonomia humana. Desenvolvendo a capacidade de viver com hábitos que não são determinados pela natureza, por exemplo: os diferentes modos de alimentar-se. Na perspectiva da educação, liberdade está plenamente ligada à determinação das escolhas com base nos seus direitos e nas possibilidades.
Para haver um planejamento eficiente é necessário a observação do contexto nacional, regional e comunitário da escola, na qual o aluno está inserido com agente e paciente das suas circunstâncias existenciais.

ÓRGÃOS COLABORADORES DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO SUPERIOR
Toda a diversificação institucional do sistema de ensino superior acaba gerando uma fragmentação e desorganização, e com isso tem propiciado a emergência de avaliações precisas, esse processo acaba sendo envolvido por organismos não-governamentais.
Enquanto as organizações que representam instituições de uma única categoria (pública ou privada) têm, como objetivo, reforçar a sua identidade e os seus interesses específicos, as outras (integradas por representantes de ambas às categorias) buscam a construção de estratégias e planos de ação que atendam aos interesses gerais dos seus associados.
Cito, para fim de registro alguns dos principais organismos não-governamentais que atuam em âmbito nacional com suas respectivas metas e que, de forma direta ou indireta, intervêm nos rumos da política do ensino superior, são:

CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
Órgão criado em 1966, é composto pelos Reitores das universidades brasileiras públicas e privadas reconhecidas pelo MEC. Fazem parte de sua organização dois membros de cada uma das seguintes associações: Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), Associação Brasileira de Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM), Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC) e Associação Brasileira de Universidades Particulares (ANUP). Ente outros.

ABMES – Associação Brasileira de Mantenedoras de Instituições Superiores
A ABMES, diferentemente do CRUB, congrega atores de uma mesma espécie, é a representante das mantenedoras das instituições de ensino superior privadas. Fundada em 1982, congrega, hoje, 309 mantenedoras a ela filiadas, responsáveis pelo financiamento de 448 IES. Com representação no CRUB, no CNE e em comissões instituídas pelo MEC (Educação a distância e Fundo de Apoio ao Estudante) sua principal atuação é voltada para a realização de uma revisão jurídica das leis implementadas pelo MEC, principalmente aquelas dirigidas às IES privadas. A associação também promove vários seminários, debates e parcerias com órgãos governamentais visando à qualificação de docentes para o ensino superior.

ABRUC – Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
A ABRUC foi criada em 1995 de um grupo antes inserido na Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas ou da Associação Nacional das Universidades Privadas congregando, 29 universidades comunitárias atualmente (11 laicas e 18 confessionais). Sua principal estratégia de é realçar sua identidade, enfatizar o diferencia as suas associadas das outras instituições de ensino superior, destacando o seu caráter social. Pretende, com isso, reclamar exclusivamente para as IES comunitárias, o total dos recursos públicos destinados às IES particulares. Além dessa demanda, a revitalização do crédito educativo e a ampliação da concepção de avaliação considerada pelo MEC são as outras questões fundamentais para essa associação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o trabalho verificou aspectos estruturais e de gestão que envolveu o surgimento da universidade brasileira e sua influencia direta no desenvolvimento do país por meio dos conhecimentos produzidos ao longo de aproximadamente dois séculos.
Proporcionou-se uma análise minuciosa da atual conjuntura, abrangendo sua forma de compor o sistema educacional e como se organiza as instituições tanto públicas quanto particulares.
Vê-se que a atual configuração universitária, não atinge as demandas do país no que diz respeito à formação de qualidade e até do próprio atendimento de vagas à população menos favorecida. Isso acaba por demonstrar fragilidades do sistema e a urgência de políticas públicas que se voltem para a resolução e ampliação das instituições, fazendo a expansão necessária.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, M. L. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1989.
FIORI, E. M. Introdução. In: FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 46. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FLEURY, A., FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra cabeças caleidoscópico da indústria brasileira. Rio de Janeiro: Atlas, 2001

FREIRE, Ana Maria Araújo. Analfabetismo no Brasil: da ideologia da interdição do corpo à ideologia nacionalista, ou de como deixar sem ler e escrever desde as Catarinas (Paraguaçu), Filipinas, Madalenas, Anas, Genebras, Apolônias e Grácias até os Severinos. – 2. ed. rev. aumentada – São Paulo: Cortez:, 1993.

MARTINS, Carlos Benedito. A Reforma Universitária de 1968 e a abertura para o ensino superior privado no Brasil, Campinas, v.30, n.106, p 15-35, jan/abr, 2009.

MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANA, Ilza Martins. Por que planejar? Como planejar? Currículo – Área- Aula. Petrópolis: Vozes, 2003

MOROSINI, Marília Costa. O ensino superior no Brasil. In: STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Câmara (Orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil. – vol. III: século XX. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

PARO, Vítor. Gestão democrática da escola. São Paulo: Ática, 2000.
ROSA, Clóvis. Gestão Estratégica escolar. 2ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

Revista Ensino Superior. (2008) São Paulo: Editora Segmento Ltda. Ano 10. n.115.

SOARES, M. B. A linguagem didática. In: NAGLE, J. (org). Educação e Linguagem. São Paulo: Edart, 1976

XAVIER, Maria Elizabete; RIBEIRO, Maria Luiza. História da Educação: a escola no Brasil. São Paulo: FTD, 1994.

ZOCCOLI, Marilise Monteiro de Souza. Educação Superior Brasileira: política e legislação. Curitiba: Ibpex, 2009.

9 de julho de 2011

Deus é mesmo brasileiro?

DEUS É MESMO BRASILEIRO?
Dizem por aí que Deus é brasileiro.
Não entendo por que.
Por que ele iria, sendo o todo-poderoso escolher essa terra pra nascer?
Sua infância talvez tenha sido um trauma; você já imaginou se a tiver passado nas muitas zonas de periferias das nossas capitais, onde as pessoas vivem ao léu.
Qual foi o Hospital que ele terá nascido, será que cuidaram bem de sua mãe, ou foi ela tratada com as muitas que no dia-a-dia dão à luz em corredores e macas.
Caro amigo você consegue imaginar a escola que ele estudou. Como eram seus professores? Tinham didática aperfeiçoada. Tiveram direito a uma boa formação acadêmica, será que tiveram pelos menos o direito de estudar defendido?
Que se cidade escolheu pra morar. Você imagina se for Brasília; cidade arquitetada, bem planejada, lindas avenidas, palácios. Você já pensou que tudo isso é manchado por grandes gotas de corrupção, trapaça, jogo político desonesto, lavagem de dinheiro. Já imaginou Deus vivendo nesse contexto?
Você já imaginou Deus afirmando ser o “Pão da vida” enquanto crianças ainda ajuntam migalhas nos lixões se quiserem sobreviver?
Você já imaginou os pais de Deus já idosos, enfrentando longas filas pra conseguir uma mísera aposentadoria? Olhe, eles trabalharam pra criar Deus.
CAROS AMIGOS É HORA DE VERMOS QUE O BRASIL PRECISA DE DEUS, ORE PELO BRASIL

O Ensino bíblico com Autoridade

Ao ser feita uma reflexão sobre a atuação do educador cristão hoje nas igrejas, existem vários fatores que imperam na hora do referido alcançar o sucesso esperado, tanto pessoal como dos educandos.
Entre os tais fatores, destacamos a importância da influência positiva do professor em relação cada aluno; percebemos que ele deve não apenas ensinar falando, mas a sua vida precisa ser um modelo padrão exemplar de vida cristã. No ministério terreno de Jesus, encontramos a concordância do falar com o viver diário: isso tornou suas palavras cativantes e seus hábitos atrativos a ponto de ser um paradigma especial para aquela sociedade e, conseqüentemente chegou até nós com a mesma força e graça. A Bíblia em muitos pontos nos revela este valor (influência) como um meio essencial para se fundamentar o ensino. A razão espiritual subordina a ação ao ensino, uma vez que só será possível haver ação (atitude correta de cristão) se houver ensinamento bíblico equilibrado, especialmente na EBD.

De onde vinha a autoridade de Jesus?

É de conhecimento geral que a influência, o respeito e a maturidade não se consegue nos bancos das universidades; é algo que adquirimos com nosso comportamento diário. Acompanhando os passos de Jesus, vemos que desde criança Ele já se destacava entre os doutores da Lei (Lc 2: 39-46), influenciando assim com a sua grandiosa sabedoria e a partir deste contexto podemos enumerar a fonte de toda a sua autoridade. Como cristãos autênticos só seremos capazes de ser referencial em nossas congregações se trilharmos o caminho do respeito que é uma estrada com sentido duplo. Para se ter sucesso neste ministério deve-se esmerar no labor e conscientizar-se que a influência provém de alguns fatores:
1.Da obediência incondicional à Deus- Pai.
O mestre tinha convicção de sua chamada, isso o fez entender a dependência que existia de Deus para realizar o seu trabalho. Tudo que precisava fazer era permitido pelo Pai, todos os sentimentos eram dirigidos a Ele, Ele consultava-o antes de agir. Isso fez dEle o mestre por excelência. Um professor convicto sabe que suas aulas não dependem apenas da sua preparação teológica, mas principalmente da espiritual; pois o professor trabalha diretamente com caráter que, de forma espiritual está sempre sofrendo modificações, pois nossa estatura em Cristo ainda não está completa, segundo o apóstolo Paulo (Ef 4:13). O bom professor coloca como arranjo às lições o seu conhecimento específico teológico, e o espiritual é o indispensável; se caso isso não acontecer, estamos nos confrontando com as palavras de Paulo ao jovem Timóteo que diz ...”Sê o exemplo”.

2.Do bom testemunho.
A imagem do professor é inseparável de sua imagem pessoal. É indispensável que o tal, use sua vida diária como um exemplo vivo daquilo que deseja de seus alunos. Analisemos a seguinte questão: Como um professor será bem sucedido ensinando Ml 3:10, se não for dizimista fiel? A repercussão de sua aula pode sofrer uma divisão entre: murmuração, desordens, altas críticas e falta de confiança. Quando Pedro falou a Cristo sobre o tributo secular, o que fez Jesus? – mandou ele dá a didracma aos cobradores romanos. Jesus deu show como cidadão e o simples pescador aprendeu a grande lição que, com certeza, perdurou até a sua morte. Somos privilegiados, pois nossos ensinamentos intervêm na direção do homem à eternidade! Aleluia!.

Por outro lado, os fariseus sempre tentaram lhe tirar essa autoridade, mas não conseguiram porque ela era uma capacitação divina para a realização da obra de Deus. O testemunho é a autenticidade das nossas palavras. Tome cuidado em administrar a capacidade que Deus ti deu!


3.Do engrandecer Deus.
O que torna-nos educadores autênticos não é somente a preparação que dispomos e a matéria que ministramos, mas os objetivos pelos quais labutamos; o professor não deve jamais auto promover-se com a lição, fazendo do privilégio um mérito (orgulho), antes deve por ordem divina buscar a glorificação para o nome de Deus; Jesus sabia que existiria alguém com essa ideologia quando afirmou que “Quem fala de si mesmo busca sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça” (Jo 7:18), quando Jesus proferiu essas palavras condenou automaticamente os fariseus que sempre lutavam pela alta posição na sua comunidade religiosa e na geral. Não temos porque termos um sentimento ilusório que nos faça sentir que somos melhor do que alguém; porque fomos privilegiados por Deus para esta obra e não feitos donos da sua glória! Você adora enquanto ensina ou toma parte do louvor de Deus!
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SEXTA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2009
PERFIL DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL

Introdução
Montar uma equipe de trabalho no departamento de ensino na Igreja constitui-se uma difícil tarefa. São inúmeros os fatores que impedem ou que dificultam essa atividade; e são muitos os requisitos exigidos por lei divina de quem deseja engajar-se nesse ministério (Ef 4:11,12). O professor é visto como um dos principais fatores de sucesso da EBD.
Baseado em pesquisa em material referente ao assunto e por experiência de atuação; verifica-se que a grande responsabilidade dos candidatos sobre os alunos faz caber ao anjo da Igreja a arte de avaliação de forma antecipada, a presença ou ausência dos elementos necessários de quem irá atuar, decidirá o futuro de toda a congregação; e para que esse futuro seja promissor é exigido que sejam verificados ou abalizados dentro de uma perspectiva segura e que esteja à altura dos princípios e propósitos da Bíblia como também da Igreja local.
O bom material utilizado numa construção não funcionará se quem estiver trabalhando não for competente o máximo para usar de forma correta assim como ordena as leis da construção.
O Candidato precisa ser convertido.
A primeira característica de um mestre deve ser a convicção transmitida por meio de sua forma de viver e prática da fé. Em qualquer âmbito educacional a sua figura é sempre examinada como referência maior no desempenho de suas funções e no efeito dos conteúdos; visando alcançar os objetivos inerentes à obra de Cristo.
Em se tratando de Escola Dominical, a exigência de qualificação se torna ainda maior; a filosofia cristã e os valores a ser transmitidos serão superiores àqueles já vistos e internalizados pela maioria das pessoas que vem para a Igreja. Quem trabalha ou pretende trabalhar na Escola Bíblica, precisa de início fazer uma enorme diferença.
A palavra converter precisa ser entendida neste contexto como um estado espiritual que o crente adquiriu com a justificação de Cristo como Salvador, objetivando expor a grandeza e a misericórdia de Deus (Rm 5: 1 – 8). Ela aparece nos textos de At 15: 3; e 1ª Ts 1:9 com o sentido de “virada de” e “virada para”. Ora, quem se converte se converte de algo (de um lado) e para algo (outro lado). O grande questionamento hoje nesta época de grande deturpação da palavra de Deus é: todos que ministram são plenamente convertidos? São convictos de sua salvação, são convencidos a ter uma vida com bons costumes?
Uma das grandes perguntas da Pedagogia moderna é: O QUE É A ESCOLA? Ela não é apenas um lugar de preparação das pessoas para o mercado de trabalho, sua missão envolve a completa formação do ser, que futuramente irá transformar a sociedade e criará e preservará os princípios que regem a natureza humana quanto em vida.
Dentro dessa perspectiva, o maior prejuízo é alguém inconversível ministrar. Já é sabido na educação secular que o ato de ensinar sempre estará atrelado a valores, crenças, costumes, etc. A grande carência e a maior necessidade da Igreja é ter mestres no ensino; e para isso, é necessário que os tais candidatos sejam pessoas convertidas à Bíblia e à obediência em geral.
Imagine a seguinte situação de uma pessoa que foi chamada para o ensino na Igreja, e, conserva em sua vida cotidiana má conduta que contraria plenamente ao zelo doutrinário. O que ela tem de cristão convertido para ensinar?. A conversão é algo interior operada pelo auxílio do Espírito Santo em conformidade com a vontade da pessoa, feito isso, sua manifestação é inevitável por meio de boas obras e bons costumes. Uma pessoa inconversível está em dúvida, não tem uma decisão definida quanto à pessoa de Cristo. Para caracterizá-los o apóstolo diz-nos que são indecisos, são “ondas” (Tg 1:6) e a pergunta profética: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? (1 Rs 18:21). Ser cristão convertido é ter firmeza de fé, ser doutrinariamente polido, robusto, de mente renovada (Rm 12:2) e de caráter puro.
Mas como reconhecer uma pessoa inconvertida? A Bíblia tem a resposta: Mateus 7: 16 “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos”? Um dos grandes problemas entre autoridades eclesiásticas é de que não se pode “julgar”. Ora, quando a Bíblia diz que não podemos julgar (Mt 7:1) ela está nos prevenindo para não incorrermos em atitude precipitada de tirar direitos alheios de quem quer que seja. A única coisa que temos de prestar atenção é que essa mensagem possui uma filosofia de vida a ser aplicada em todas as situações da vida, isso não faz fechamento de nossa possibilidade de fazer aquilo que compete à justiça, pois quando lemos Jo 7:24 está escrito: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça. A própria Bíblia se constitui a lei do julgamento; nos lembra que somos responsáveis e devidamente autorizados a fazer distinção de acordo com o que está escrito. O que está escrito, está escrito e pronto!
Cito para fim de referência algumas das qualidades de uma pessoa convertida:
1. Possui visão espiritual: A visão espiritual é algo natural do Espírito no crente. A visão de Deus é pra todos. Só há um detalhe: TER VISÃO NÃO SIGNIFICA ANDAR NA VISÃO. O apóstolo Paulo tinha a visão de Deus, mas agia para não desobedecer ao Deus da visão (At 26:19). A visão espiritual permite ao crente viver de fé: “Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele”.(Hb 10:38); ser um depósito das riquezas do Espírito (Ef 3:16); a crer na ação e provisão de Deus (Gn 22:5); a valorizar a obra de Deus (2ª Co 12:15); a ter desejo de ver Deus operar e manifestar-se na Igreja (Sl 42:1b).
2. Submete sua mente a renovação constante. Parte da mídia está a serviço de satanás a maior parte do tempo. Nossas mentes são bombardeadas constantemente por uma quantidade enorme de informações de todas as naturezas. E como ela é composta por vários arquivos, muitas informações acabam se infiltrando no nosso cerne e causando grandes prejuízos. Jesus foi feliz quando falou que o mal vem de dentro Mc 7:20-22, como algo sairá se antes não entrar?. O apóstolo Paulo foi catedrático ao afirmar que necessitamos de renovação mental (Rm 12:2). Todo pecado é gerado na mente Mt 5:28; 9:4; 15:19; Tg 1:5; 4:1. O grande desafio para a Igreja é ter sua mente cativa a Deus (2ª Co 10:5).
3.Ter padrão Bíblico: A palavra padrão denota um conjunto de qualidades positivas, algo que está de acordo com; uma medida igualável, etc. Cada ser humano carrega uma carga de influência adquirida nos diversos meios de formação de vida (família, escola, Igreja, grupo de amigos, etc), o que acaba definindo sua forma de viver e de se comportar, que chamamos de caráter. Por exemplo, a medicina já provou que a probabilidade de uma criança que tem um dos pais alcoólatra se tornarem alcoólatra é enorme. Não que seja genético, mas que a influência de vida é algo sério. É decisiva. A Bíblia se preocupa com a padronização de vida desde os primórdios de vida do homem. Em Provérbios 22: 6 está escrito: “Ensina a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Vamos extrair algumas coisas desse texto: a) O ato de ensinar: exige método, conteúdo, tempo e avaliação. Que métodos utilizo na minha vida para ter uma vida cristã vitoriosa? Que conteúdo uso para me edificar? Quanto tempo gasto com as coisas de Deus? Faço uma avaliação constante da minha vida diante de Deus e daquilo que estou ensinando aos outros? 2ª Co 13: 5. É importante frisar que a avaliação é sempre um instrumento de medir produtividade ou de reprovação, mas finaliza ou deveria finalizar como um meio de ensino. B) O caminho que deve andar: Você percebeu que não há aqui uma definição de qual seja esse caminho?. O que se depreende é que aquilo que for ensinado, isso será assimilado. Ensinar amor o resultado será amor, ensinar ódio o resultado será ódio, ensinar a paz o resultado será paz, criar o filho praticando o roubo é estar produzindo um ladrão para amanhã; a final de contas vivemos a lei da semeadura (Gl 6: 7,8). O padrão de vida do professor refletirá nos seus alunos. O professor que ora, gerará alunos ligados e dependentes da oração, professores que leem a Bíblia gerarão outros leitores. Compare os textos 2ª Tm 4:13 e 1ª Tm 4:13. Da mesma forma que um abismo chama outro abismo (Sl 42:7) as coisas boas atraem coisas boas, creia nisso. Professor para agradar a Deus, tem de ser padronizado pela Bíblia. C) quando envelhecer: Fala de consequência. Se depender do que estamos ensinando, qual será o futuro espiritual de nossos alunos da Escola Dominical? As sementes que plantamos hoje, devem morrer amanhã para gerar outras plantinhas, o maior favor que podemos fazer a uma semente é enterrá-la. Então, enquanto há tempo faça de seu ofício o mais valioso do mundo. Somos aquilo que escolhemos ser. Uma pergunta: Por que as Igrejas estão ficando sem doutrina?
O Candidato precisa ser vocacionado.
A palavra vocação provém do latim “vocatione” que significa chamamento, tendência, disposição, aptidão, talento natural e inclinação para algo. Para Luiz Alves de Matos, vocação “é propensão fundamental do espírito, sua inclinação geral predominantemente para um determinado tipo de vida e de atividade no qual se encontra plena satisfação e melhores possibilidades de auto-realização”.
Primeiro, o candidato vocacionado é chamado por Deus. Por quê? Porque só assim fará a diferença. Homem chamado por homem procura agradar a homem, mas homem comissionado por Deus agrada a Deus (Lc 1: 14-17). João foi vocacionado por Deus ainda no ventre, seu chamado era pra levar judeus aos pés de Deus. Ele “converteria” “muitos” ao Senhor; seria um instrumento de convenção aos perdidos, sua autoridade dependeria do alto (Cl 3:1).
O candidato vocacionado possui algumas características peculiaridades:
É perito na Sociabilidade:
A aprendizagem como um todo é resultante de uma interação psicológica, social e afetiva. Para que o educando atinja o ideal traçado dentro do projeto de ensino torna-se necessário que o educador tenha habilidades comunicativas adequadas ao nível de poder aproximar da vida de tal educando e extrema dedicação tanto à pessoa e aos seus problemas pessoais. Jesus ao longo do seu ministério deu-nos a lição: sempre procurava envolver-se nas massas a fim de comunicar-lhes o que desejava. (Mc 12:37). Observamos no texto que havia uma interação entre a ação dialética do mestre e o povo que estava a sua frente. Era um homem dotado de uma profunda habilidade de comunicação. Ele tinha uma comunicação atrativa e a massa humana era atraída a ponto de “ouvir de boa vontade”; eu pergunto: seu aluno sente-se bem em ouvi-lo? O professor precisa entender que enquanto ele ensina a matéria do dia, ele também transmite e prega valores morais, espirituais adquiridos na sua cultura de forma geral.
É aberto a novos conhecimentos:
Uma das formas eficientes de preparo de qualquer matéria é a pesquisa. O candidato ao magistério cristão é aquele que esbanja sede de conhecimento; para isso, ele procura ser um leitor assíduo, estudar constantemente a Bíblia, ler livros, jornais, revistas e afinal, qualquer material será útil. O que é importante ressaltar é que nem tudo deve ser assimilado como verdade; o mestre precisa ir estabelecendo comparações entre a verdade bíblica e os fatos sociais para ter argumentos no ensino e na defesa da doutrina bíblica. Pesquisar nesse sentido assume a posição de utilizar as experiências para consultar a realidade a fim de obter dados suficientes para explicar o desconhecido. Com a aquisição de dados ele passará ao segundo processo – a reflexão. Quando se inicia a reflexão sobre os dados, serão vistos as coerências ou incoerências, levantamentos de hipóteses e teses; em último lugar, emitirá uma conclusão equilibrada e sensorial.
Para que o professor da ED tenha um subsídio que atenda a necessidade de pesquisa é importante que a coordenação organize uma biblioteca na Igreja visando que por meio desta tenham acesso ao material semanalmente.
O candidato cristão vocacionado, é aquele que investe de forma natural em si mesmo, como exemplo ele mostra preparado sem a intervenção do líder maior, etc. O mestre vocacionado possui a habilidade de mergulhar em questões que assolam os seus alunos, no que diz respeito ao campo espiritual com o intuito de confrontá-las com a palavra de Deus e a semelhança das Garças, não se contaminar com elas. O professor vocacionado foi chamado para ser a diferença no meio do povo de Deus.
O candidato precisa ter liderança (Influência espiritual equilibrada)
Ao ser feita uma reflexão sobre a atuação do educador cristão hoje nas igrejas, existem vários fatores que imperam na hora do referido alcançar o sucesso esperado, tanto pessoal como dos educandos.

De onde vinha a autoridade de Jesus?
Já é conhecido que a influência, o respeito e a maturidade não se conseguem nos bancos das universidades; é algo que adquirimos com nosso comportamento diário. Acompanhando os passos de Jesus, vemos que desde criança Ele já se destacava entre os doutores da Lei (Lc 2: 39-46), influenciando assim com a sua grandiosa sabedoria e a partir deste contexto podemos enumerar a fonte de toda a sua autoridade. Como cristãos autênticos só seremos capazes de ser referencial em nossas congregações se trilharmos o caminho do respeito que é uma estrada com sentido duplo.
A liderança espiritual é um quesito muito importante na vida de quem deseja atingir o sucesso no ensino. Ela direciona as tomadas de iniciativa daqueles que precisam de orientação espiritual, o candidato precisa tê-la, pois sem ela não haverá confiança. E o princípio da confiança é a autoridade. Quando falo de autoridade, não estou falando de poder humano, financeiro; falo de ação certa, bem direcionada, equilibrada e acima de tudo pautada em uma orientação suprema. A liderança de alguém tem que transmitir confiança, ao contrário sofrerá os detrimentos. Liderar é exercer influência sobre o liderado.
Ensinar é um dom ministerial, conforme Efésios 4:11,12. Com isso, é importante destacar que o ato de ensinar pode ser considerado a tarefa mais importante na Igreja, a figura do mestre é vista como o efeito cascata, ele funde em si as demais funções de grande valia ministerial na vida da Igreja.
Conta-se a história que um francês chamado Blondim atravessou várias vezes a queda d’agua do Niágara, a mais violenta do mundo; uma vez andando sobre uma corda, outra dentro de um barril e outra carregando um carrinho de mão nas costas. Continuou sua atravessia até os setenta anos. Mas a travessia mais extraordinária foi quando montado em pé na corda carregou um homem sobre suas costas. Você pode imaginar isso? Atravessar as águas já não era mais uma tarefa difícil para Blondim, mas conseguir alguém que confiaria se arriscar dessa maneira é que é extraordinário. Isso é o que se chama confiança. Qual a credencial que Blondim tinha para inspirar tamanha confiança: seus feitos, sua ação, seu procedimento de vida. Em nome da influencia uma pessoa é capaz de arriscar a própria vida.
Um líder precisa exercer sua influencia com quatro itens:
MODELO: O crente precisa ser um molde na transformação de um aluno. Para produzir certas peças na construção civil, os pedreiros usam formas na fabricação. Sem a s formas o trabalho seria impossível de ser realizado, mas tornam-se simples quando os modelos são apresentados. Da mesma forma acontece na pedagogia, o aluno procurará todas as formas para em alguma coisa imitar seu mestre. Modelar uma pessoa requer um espelho vivo, sem essa visão o aluno jamais se sentirá envolvido no pensamento de querer mudar sua vida.
MOTIVAÇÃO: O encorajamento é uma isca poderosa na conquista de corações sedentos e fadigados de sofrer num mundo pós-moderno. Com motivação o ser humano desenvolve habilidades nunca antes pensadas (Jz 6:12), dispensa-se comentário sobre os feitos de Gideão. A nossa maior ignorância é nunca pensar que podemos imitá-lo na prática (Hb 13:8).
MENTORIZAÇÃO: É o preço a ser pago para se manter sempre perto do liderado. O processo de mentorização é bastante caro, pois exige que mestre obtenha um tempo disponível para alcançar o que deseja. Durante muitos anos, a figura do professor era representada por um senhor de meia idade, com uma batuta na mão, atrás de um pedestal, em cima de um púlpito, com a cara fechada e rígida; o que importava era a matéria; os alunos deveriam manter profunda passividade. Já na Pedagogia moderna, o professor precisa descer do pedestal e, junto ao aluno procurar conhecer seus males, seus pensamentos e suas projeções; - vivemos a pedagogia da construção de seres. A Bíblia parece confirmar essa tese, quando diz: “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas (Pv. 27:23). Esse é um modelo eficiente para alcançarmos mais almas para o reino de Deus.
MULTIPLICAÇÃO: Será a consequencia do trabalho executado. O ensino executado precisa deixar o aluno preparado para desenvolver na prática seu conhecimento para gerar outro ser com as características semelhantes. Na verdade, o papel final do aprendizado é levar o aprendiz à prática da teoria discutida e argumentada. Multiplicar é arte final do ensino genuinamente bíblico. Lembremos que a Bíblica diz que não somos mais estrangeiros (Ef 2:19), mas um povo constituído (1ª Pe.2:9), se somos realmente um povo, precisamos ter como principal características a reprodução da espécie. Sem reprodução de ovelhas não existirá rebanhos. Ovelhas geram ovelhas!
O professor e domínio de conhecimentos na Pós-modernidade
Para todos os que almejam atingir metas no ensino cristão, devem tomar ciência de que hão de encarar desafios atuais que em muitos detalhes diferentes daqueles do passado da história da Igreja. Vivemos em um mundo ultramoderno, totalmente informatizado e a globalização é a comandante-chefe de toda a alienação que os homens estão tendo de Deus.
Constantemente, estamos enfrentando mudanças de conceitos, idéias, princípios e valores; com isso emitimos novos juízos e crenças. Vale registrar que às vezes, são de natureza profunda e de proporções tão amplas que não somos capazes nem de entender nem tampouco explicar aos que nos indagam.
O professor cristão tem de se manter em constante atualização das influencias que visam deslocar e/ou modificar nossa identidade cristã dentro do mundo espiritual que estamos inseridos (Ef 6:12).
Para tanto, existem três desafios a serem enfrentados com a palavra do mestre:
O AVANÇO DA TECNOLOGIA
Acreditou-se que com o advento do desenvolvimento científico, as coisas seriam bem mais fáceis de resolver, de calcular conseqüências e até mesmo a vida espiritual seria mais respeitada, pois as pessoas teriam um mundo onde as “dificuldades” seriam banidas. Engano. A tecnologia veio e se cumpriu as vozes proféticas: “...e a ciência se multiplicará” (Dn 12:4); “...o amor de muitos se esfriará” (Mt 24:12). A tecnologia adormeceu a espiritualidade. Com o surgimento das modernas máquinas auxiliadoras do deslocamento de informações, hoje não há mais como imaginar a vida do homem sem o computador, controle remoto, agenda eletrônica, DVD, televisão, telefone, internet, etc. Criou-se uma dependência, o que chamamos de necessidade. Estamos olhando para o passado com espanto e para o futuro com desconfiança. Em muitos lugares as programações televisas estão substituindo os cultos da semana e a escola dominical.
A mazela tecnológica domina as pessoas e as colocas no lugar de Deus. Ela está servindo as pessoas de tudo o que lhe apraz sem questionar a vontade divina. O que dizer das idéias difundidas pela mídia? Que metodologia usar para atrair alunos no estudo e meditação da palavra? A tecnologia está matando o coração das pessoas!
O CULTO AO HOMEM
Desde os tempos remotos, o ser humano sempre procurou utilizar-se de todos os meios a fim de exercer poder, força e domínio sobre outro. O intuito foi e é satisfazer sua ganância. A culminância disso tem refletido como sérios problemas sociais: fome, violência, falta de moradia, indignidade, agressão ao meio ambiente, etc. Vamos mais longe um pouco: ele tem destruído o seu próprio habitat, seus semelhantes, sua família e finalmente a si mesmo.
Vivemos um período de destruição generalizada, concorda?
Se a solução para tudo isso dependesse de você, seria banida a lamentação dos povos? Pode até não depender totalmente, mas sua reação conta muito.
De que maneira o professor cristão pode enfrentar este desafio e contribuir para a mudança desse quadro? – ele tem a fórmula de criar novos alicerces, novos princípios, objetivos e valores, tanto para a família quanto para a sociedade no seu todo. A ganância do domínio usurpador do homem é a prova da falta de transformação espiritual. Somente o evangelho pode transformá-lo.
COMPREENSÃO LIBERAL DAS ESCRITURAS
O homem precisa evitar os pólos do extremo (Ec 7:17). Temos de nos curvar para a palavra, pois, ela prova que o nosso senso de justiça é falso, ele é alienado da realidade das coisas, infundado (Is 64:6). Mas afinal o que é ser justo? – O principal conceito é agir de plena conformidade com uma lei Pré-estabelecida. Quando Deus toma para si o direito de vingança, ele está agindo dentro da sua esfera de domínio que se constitui uma lei infalível. Para complementar: corremos um grande risco quando estamos prestes a defender nossas “razões” e “direitos”. Se o nosso senso de justiça quer nos levar a cobrar o direito - a vingança; temos que saber; - a vingança é um direito negado ao crente (Rm 12:19). Direito negado é direito que não pode ser recorrido ou anulado, a ele não se pode fazer petição, é irrevogável. O mesmo senso de justiça é acompanhado pelo desejo de superação, de algo cabível, exato; mas na verdade nunca estamos tão fora de regras morais e espirituais do que quando nos expomos para a vingança daqueles que nos ofenderam ou tiraram de nós os bens preciosos. No ensino, é preciso adotar o princípio da conservação. Não podemos nos julgar santos demais ou não podemos ser liberais quanto à interpretação da palavra. É um extremo me achar no topo da santidade.
Outro extremo é ver todas as coisas como boas. Nesta vida tudo tem um lado ruim ou dupla face. Até as moedas. Lembre-se de que estamos na terra.
O liberalismo teológico é um perigoso desafio a ser superado pelo professor da ED, visto que ele ataca diretamente a ação no ensino. Ele tem forçado constantemente a porta das Igrejas cristãs por meio da liderança, principalmente das pentecostais. A principal estratégia dos liberais é usar a razão como meio de montagem da sua estrutura apologética e então criar um sistema onde tudo é visto do jeito que é e por isso precisa ser aceito. O cristão é recomendado pela Bíblia a fazer uma peneira das coisas (I Ts 5:21). A transformação ocorre pela renovação da mente na palavra de Deus (Rm 12:2). Certas mensagens são irracionais, só são aceitas por meio da fé (Hb 10:38). Caro leitor, se a Bíblia diz que um peixe engoliu Jonas, e se alguém questiona se foi ou não verdade, eu pela fé, preciso crer nisso ainda se fosse o contrário: Jonas engolir o próprio peixe. Isso é um mistério que a razão não explica e nunca vai conseguir explicar. Somos atalaias, precisamos estar atentos quando alguém quiser desfazer as coisas de Deus em nossos púlpitos em nome da razão humana.
A razão é do homem e entende as coisas do homem, a fé, porém vem de Deus, e por ela caminhamos mesmo sem ver, pois temos a esperança de vê-las como são no futuro bem próximo!
CONCLUSÃO
Portanto, a qualidade do que você ensina na Igreja resultará em benção ou em dificuldades no desenvolvimento espiritual da mesma e pessoal, consequentemente. O ensino ainda é o meio eficiente de levarmos o povo ao conhecimento da expressa vontade de Deus.
Com empenho e dedicação faremos o melhor e seremos recompensados pelo Senhor das iniciativas e das conquistas idealizadas e conquistadas, caso contrário, seremos tristemente recusados de honra. Que pensemos a nossa prática pedagógica cristã como uma jóia no serviço do Mestre com excelência.
DEUS É MESMO BRASILEIRO?
Dizem por aí que Deus é brasileiro.
Não entendo por que.
Por que ele iria, sendo o todo-poderoso escolher essa terra pra nascer?
Sua infância talvez tenha sido um trauma; você já imaginou se a tiver passado nas muitas zonas de periferias das nossas capitais, onde as pessoas vivem ao léu.
Qual foi o Hospital que ele terá nascido, será que cuidaram bem de sua mãe, ou foi ela tratada com as muitas que no dia-a-dia dão à luz em corredores e macas.
Caro amigo você consegue imaginar a escola que ele estudou. Como eram seus professores? Tinham didática aperfeiçoada. Tiveram direito a uma boa formação acadêmica, será que tiveram pelos menos o direito de estudar defendido?
Que se cidade escolheu pra morar. Você imagina se for Brasília; cidade arquitetada, bem planejada, lindas avenidas, palácios. Você já pensou que tudo isso é manchado por grandes gotas de corrupção, trapaça, jogo político desonesto, lavagem de dinheiro. Já imaginou Deus vivendo nesse contexto?
Você já imaginou Deus afirmando ser o “Pão da vida” enquanto crianças ainda ajuntam migalhas nos lixões se quiserem sobreviver?
Você já imaginou os pais de Deus já idosos, enfrentando longas filas pra conseguir uma mísera aposentadoria? Olhe, eles trabalharam pra criar Deus.
CAROS AMIGOS É HORA DE VERMOS QUE O BRASIL PRECISA DE DEUS, ORE PELO BRASIL

A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, A GESTÃO DAS IES E SUA INFLUENCIA NA AÇÃO DOCENTE

Introdução
A história da educação não é linear, ela sempre foi construída em torno dos interesses que o contexto social exige dos indivíduos. A formação do processo educacional está intimamente ligada à realidade que o homem vive dentro do seu processo histórico. Assim sendo, a educação torna-se um reflexo do pensamento humano ao mesmo tempo em que o prepara para a posterioridade. Cada geração produz seu conhecimento a partir de suas necessidades de sobrevivência, este fato acaba delimitando a essência do aspecto transformador da sociedade em geral.
Os diferentes ambientes da formação humana conceituam e amplia os conceitos obedecendo a preceitos íntimos de sua ideologia pela razão que na sociedade atual os interesses de grupos prevalecem em busca de suas realizações institucionais.
Com a constante modificação do cenário social, acaba-se por exigir do processo educacional uma tomada de decisão que favoreça também toda essa clientela que nasce dentro de um avanço incomum. A educação atual precisa atender todas as demandas que o contexto exige do indivíduo em suas múltiplas facetas.
O presente trabalho objetiva refletir as questões relacionadas com a administração das IES e como essa gestão influencia na atuação docente e no processo ensinoaprendizagem.


Fundamentação Teórica
A educação possui uma abrangência muito grande, pois envolvem todas as relações que o ser humano mantém dentro do seu contexto existencial. Desde as sociedades primitivas, o processo educacional acontecia pelas relações entre o homem e a ciência pragmatizada, não havia escolas com métodos de ensino reconhecidos, porém já existia na sociedade a conscientização de que era preciso promover o ajustamento da criança ao seu ambiente físico e social.
Segundo nos informa CAMBI (1999) a educação dos povos primitivos acontecia “através da imitação, cerimônias de iniciação e animismo – crença de que tudo possuía uma alma”.
Para o autor, a aprendizagem era plenamente pragmática, os padrões metodológicos seguiam uma concepção linear, ou seja, apenas reproduzia os modelos antes adotados. Entende-se que se vivia uma reprodução constante da sociedade. Com esse modo de reprodução do conhecimento, era em até certa proporção, descartável a evolução das ideias, o mundo tornava-se um objeto inatingível, não podia ser descoberto. Logo a educação não permitia um avanço do indivíduo no que diz respeito às ideologias. O conhecimento se limitava pela reelaboração do que era pregado por meio dos mitos e a imitação.
Com a transição da sociedade primitiva para os estágios da civilização, as pedras do jogo mudaram de posição. O sistema educacional até então adotado sofreu profundas modificações para acompanhar o desenvolvimento social. Neste contexto, destaca-se o modelo pregado pela educação oriental, sua principal característica foi substituir a organização genética da sociedade pela organização política. Com o surgimento da escrita, da cidade e do estado, a dominação que imperava dentro do âmbito familiar precisou ser modificada. Surge a sociedade letrada que por sua vez influencia todo o desenvolvimento organizacional da sociedade.
Com os gregos veio a ideia do desenvolvimento individual. Foi nesse período que surgiram as ideias sobre uma diversidade de aspectos, tais como: a liberdade política no estado, a visão de que a educação é a preparação para a cidadania, e a ideia de viver de acordo com a razão. Toda essa base tem como fundamento as ideias filosóficas de Sócrates, Platão e Aristóteles. Para os gregos os ideais da educação tentavam se firmar na liberdade política e moral, a missão da educação era desenvolver a intelectualidade humana, atraindo-o para a arte e a filosofia, tornando-o um ser plenamente racional.
Os romanos diferentemente dos gregos desenvolveram uma mentalidade prática, com isso procuravam alcançar resultados concretos, para eles, o ideal era cultivar os hábitos que se identificassem com a utilidade ou com a eficácia.
“... os romanos sempre consideraram os gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os gregos consideraram os romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e valor militar, mas capazes de apreciar aspectos superiores da vida” (ARANHA (1989, p.85)

O ideal romano da educação girava em torno da conscientização sobre a concepção dos direitos e deveres tais como: o direito do pai sobre os filhos, o direito do marido sobre a mulher, o direito do homem sobre a propriedade, etc. Já para cumprir os deveres, o cidadão precisava ter certas virtudes: piedade, obediência, bom caráter, bravura, prudência, honestidade, e boa conduta. Resumindo, a educação romana tinha como finalidade formar o caráter moral.
Na idade média o modelo educacional adotado contrariava os ideais greco-romanos. Toda a ideologia produzida até o momento ficou a ponto de ser destruída, porém com a intervenção da igreja católica foram preservados. Graças às doutrinas da igreja os elementos fundamentais da instrução foram transferidos para as atividades práticas da igreja, ou seja, a liturgia substituiu em grande escala as atividades intelectuais. A Companhia de Jesus fez parte da nova visão de organização social, focalizando de forma direta todos os interesses que a igreja tinha sobre os homens (o Estado).
Segundo RIBEIRO (1988) todo o trabalho dos monges no campo educacional foram: cópias dos manuscritos; a condensação do saber da época nas Sete Artes liberais (que incluíam o trivium: gramática, dialética e retórica, e o quatrivium: aritmética, geometria, música e astronomia.
Na sequência, o renascimento veio resgatar toda visão greco-romana que ficou fragmentada durante a idade média (século das trevas), a escolástica, que na visão renascentista não se igualava ao perfil humano em evidência. O novo modelo humano carecia de uma visão clara, por essa razão, o renascimento ficou conhecido como o “século das trevas”. Um dos principais pensadores dessa época foi João Comenius com a publicação Didática Magna. Toda a tendência renascentista fundamentava-se no interesse pela vida do passado, pela busca constante do mundo subjetivo das emoções e pela descoberta da natureza física. Uma das principais conquistas desse momento foi o amplo estudo das línguas grega e latina e a criação de uma literatura interessada por tudo o que apelasse para a imaginação e o coração, ou seja, buscou-se intensamente criar um ambiente que tornasse os homens em seres reflexivos de sua realidade. Dessa forma, abria-se espaço para o advento da idade moderna.
Já na idade moderna, percebemos grandes movimentos que evidenciaram os ideais renascentistas, entre eles: o calvinismo, na Suíça e o luteranismo, na Alemanha. Esses movimentos revelam homens com mentes “iluminadas” contra o regime, a grande contribuição das “revoltas religiosas” foi abrir espaço na sociedade para que o modelo vigente de política fosse revisto, pois o sistema de governo operante possuía muitas injustiças sociais, pois o rei mantinha o monopólio sobre a administração, com isso concedia privilégios, esbanjava com luxo na corte, controlava tribunais, etc. Diante desse modelo é que surge Jean-Jaques Rousseau criticando o absolutismo e propondo como princípio de vida a liberdade e a autonomia. Para ele, a educação devia ter como finalidade a alegria e o prazer.
As revoluções burguesas por sua vez acarretaram o fim do absolutismo e preconizaram a passagem da idade moderna para a idade contemporânea. A revolução industrial, americana e a francesa representam o marco de toda essa modificação do cenário vigente. Na educação essas revoluções repercutiram imensas modificações em decorrência da separação entre a igreja e o estado e o desenvolvimento dos sistemas públicos de educação. Destacam-se os pensadores Pestalozzi, Herbart e Fröbel como os educadores de destaque desse período.
De tudo que foi registrado, se depreende que o processo educacional é construído pelos homens visando atender as necessidades sociais de cada momento histórico. Afirma-se que toda a concepção está intimamente ligada aos interesses dos grupos sociais (JESUS, 2009 p.9).
Quando se trata do cenário brasileiro, a lei de diretrizes e bases da educação nacional de 1996 promoveu uma ampla modificação na gestão das instituições de ensino superior do país. Com as disposições elaboradas, a LDB normatizou a atuação das IES junto às demandas sociais. O principal objetivo é manter um padrão na melhoria do ensino superior. A nova proposta envolve assuntos das propostas pedagógicas até a administração dos recursos materiais e financeiros.
Entre tantas atribuições legais, está o processo de avaliação das IES que visa analisar e propor a qualidade do ensino nas universidades. O planejamento da instituição aparece como indispensável para o desenvolvimento da aprendizagem acadêmica. Para tanto, o respaldo legal faz menção direta ao dever da união manter-se ativa para o processo de avaliação do funcionamento das IES. O artigo 9º estabelece entre vários deveres da união, o de:
[...]
VIII- Assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidades sobre este nível de ensino;
IX – Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. [...]

Infere-se do texto que o Estado deve firmar e cumprir o processo de avaliação em proporção nacional de todas as IES, lembrando que todas as atribuições são regidas por acordos prévios com os sistemas (federal, estadual e municipal) organizado de ensino.
O Decreto nº 5.773/2006 explicita com mais exatidão a incumbência e função da União que “dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais nos sistema federal de ensino”. Na verdade, há a busca de fundamentar uma reforma em toda a estrutura do ensino superior, tendo em vista que o alarmante crescimento de IES surpreende o cenário educacional nacional. Todas as decisões legais relacionadas do desenvolvimento institucional voltam-se exclusivamente para a visão que a instituição lança a fim de atingir objetivos e metas.
Nessa busca de interesse avaliativo, em 2004, o MEC lançou as diretrizes para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), e o define como: “documento que identifica a Instituição de Ensino Superior”, no que diz respeito a filosofia de trabalho, a missão, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, sua estrutura organizacional e as atividades acadêmicas. Assim sendo, o PDI aparece com diferentes características se forem levados em consideração os diferentes contextos em que se inserem as instituições de ensino.
A natureza do documento de acordo com as determinações legais de 2006 deve ter na sua elaboração a participação coletiva de todos os que compõem o quadro funcional da instituição. Dessa forma, ele se enquadra dentro do modelo educacional de gestão democrática. A composição estrutural do PDI são os seguintes:
I – missão, objetivos e metas da instituição [...];
II – projeto pedagógico da instituição;
III – cronograma de implantação e desenvolvimento da instituição e de cada um de seus cursos;
IV – organização didático-pedagógica da instituição [...];
V – perfil do corpo docente [...];
VI – organização administrativa da instituição [...];
VII – infra-estrutura física e instalações acadêmicas [...];
VIII – oferta de educação a distância, sua abrangência e pólos de apoio presencial;
IX – oferta de cursos e programas de mestrado e doutorado; e
X – demonstrativo de capacidade e sustentabilidade financeiras;
[...]

O PDI acaba por incorporar no seu corpo alguns eixos existentes no PPI (projeto pedagógico institucional).
Dentro do processo administrativo da instituição, é interessante visualizar o desempenho que o corpo docente terá a partir das resoluções advindas das determinações superiores. As decisões tomadas pela administração influenciarão diretamente no corpo docente porque o mesmo será alvo das demandas outorgadas.
“A gestão democrática é, pois, entendida como prática social e processo de aprendizado e de luta política que vislumbra a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizagem do próprio jogo democrático”. Lück (2000)

Segundo a autora, há uma concordância constante entre as partes que compõem a instituição; todas as tomadas de proposta se definirão de forma a não se separarem nos caminhos que tomarão para atingir os objetivos traçados. A gestão democrática é vista também como um seguimento da sociedade em si. Ela traz para o contexto da instituição aquilo que deve ou que deveria ser feito pra melhorar todo o sistema social.
O processo de avaliação nas IES favorece a qualidade da educação no sentido de cobrar das mesmas as responsabilidades com o “fazer” no âmbito da prática pedagógica. A instituição que trabalha de acordo com os parâmetros do sistema de avaliação, faz automaticamente um balanceamento do sistema no seu todo, transformando assim o cenário da educação no seu aspecto geral.
A organização institucional quando mantida dentro da visão de gestão democrática favorece o processo de pesquisa e contribui para o avanço do conhecimento dentro de seus respectivos cursos. Com isso, se obtém uma expansão científica equilibrada. Caso contrário a instituição estará a sofrer uma estagnação nas funções a que se destina.
Participação docente dentro do processo de elaboração dos projetos internos das instituições é relevante para o desenvolvimento dos mesmos, pois eles lidam com o objeto principal da prática pedagógica: o aluno. O docente é o real conhecedor dos problemas e necessidades da clientela bem como todas as demandas que rodeiam suas atividades da sala de aula e também por estar interagindo direto com a pesquisa; assim saberá regular o ajustamento acadêmico ao novo conhecimento construído a partir das tomadas de decisões previamente planejadas.
A pesquisa mantém seu mérito relevante para o processo educativo porque vivemos uma constante modificação do cenário tecnológico, científico; com isso, cabe ao professor manter-se atualizado para que possa corresponder ao grupo discente todas as questões que se apresenta dentro ou fora da sala de aula.
Para que venhamos a ter um processo educativo estável e sequencial é necessário haver mais investimento na formação inicial e continuada dos docentes, pois assim facilita-se o processo de inserção deles na evolução constante do conhecimento. A formação continuada permitir por via de regra reciclar e atualizar o profissional para formar seres mais comprometidos com a causa social.

Considerações Finais
Portanto, a educação mantém sua evolução dentro do princípio das necessidades humanas. Com isso, ela se configura a cada vez que o contexto humano sofre as modificações. A educação forma o homem para a sociedade e também o forma para moldá-la ao mesmo tempo.
Com toda essa configuração, é necessário haver a busca pela padronização da educação para que os fins sociais não se esfacelem, tornando a sociedade debilitada no seu mais profundo aspecto. A LDB é a mais concreta iniciativa de busca e interesse pela qualidade da educação nacional. Por sua ordem não se tem apenas idealização do padrão cobrado pelas evoluções do século XXI, mas pela visão futurista da sociedade.
Para esse intento cabe as instituições ter e manter uma linha de pesquisa e apresentação filosófica bem definida para que seu papel seja concreto nos fins que se destina seu surgimento na sociedade. Os projetos internos constituem a base da construção dessa qualidade exigida.

Referências
CAMBI, F. História da pedagogia. São Paulo: Unesp, 1999.

ARANHA, M.L. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.

RIBEIRO, M.L História da educação. São Paulo: Cortez, 1988.

JESUS, Adriana Regina de. Processo Educativo no contexto histórico: pedagogia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS-MG. Projeto de Desenvolvimento Institucional. Lavras - MG, 2005. Disponível em: HTTP://www.ufla.br/pdi/PDI.pdf

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Projeto de Desenvolvimento Institucional. Cuiabá, 2005. Disponível em: HTTP://www.ufmt.br/pdi/word.PDI_IV_Proposta_Basica.pdf

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