Série ESTUDOS ESCATOLÓGICOS
Pr Isaac
Moura
INTRODUÇÃO
As variadas literaturas referem-se comumente ao
arrebatamento da igreja como “a vinda ou a volta do Senhor”. Esse assunto é
primordial e de alta relevância para todos os cristãos da atualidade, pois,
inaugurará os demais eventos embutidos dentro do que afirma as sagradas
escrituras sobre o conjunto das “coisas [...] que hão de acontecer” (cf Ap 1.19). Será o botão de lançamento de
muitos outros eventos antes que o gozo eterno seja instalado.
É importante distinguir tantos os eventos e os
tempos da profecia relacionado a este momento especial. O arrebatamento se
manifestará em duas fases distintas que envolverá três tipos de povos (I Co
10.32); para a igreja Jesus virá nos ares de forma invisível; para Israel virá
de forma visível, nessa ocasião acontecerá a conversão dos judeus e a
destruição das nações inimigas. Dessa forma, Jesus assumirá três papéis: noivo
para a igreja, Messias para Israel e Juiz para os gentios.
Nessa primeira fase de sua vinda, Jesus virá para a
igreja e não tocará na Terra, será algo repentino, surpresa. Ele estará “nos
ares” ou “nas nuvens” (1Ts 4.17). Nesse evento, os salvos passarão por
processos distintos: 1) os que dormem terão prioridade para ressuscitarem; 2)
os que estiverem vivos na ocasião serão transformados para então subirem para
se encontrarem com Cristo. Se incluirão todos os salvos desde o AT até a
dispensação da Graça. A segunda fase da sua vinda se dará sete anos depois
quando Cristo libertará Israel e julgará as nações.
A palavra arrebatamento no grego é harpazo. Este vocábulo dá a ideia de
rapto, ou de remoção repentina, de modo súbito, rapidez ao extremo. Na tradução
do NT para o latim, optou-se pelo vocábulo raptus,
oriundo do verbo raptare, enumerando
o significado de: tirar, arrancar, tomar das mãos, isso de forma violenta e em
alta velocidade. No arrebatamento da Igreja se reunirão os que morreram em
Cristo, isto é, todos que confessaram a Jesus como seu Salvador e se mantiveram
em estado de fidelidade até a morte (Ap 2.10; 1Ts 5.23), e os que estiverem
vivos, aguardando o glorioso evento (1Ts 4.13). A promessa de Jesus aos Seus
discípulos: “Eu voltarei” (João 14:3), é uma esperança que têm ardido no
coração de quase todos os cristãos por mais de 2.000 anos. Embora muitos
acontecimentos superficiais ocorrem diariamente no intuito de enfraquecer essa
esperança, contudo, o Espírito Santo continua soprando aos corações a
fidelidade e o desejo da volta do mestre amado (Ap 22.20).
Quem passará por este ato? Todos os salvos que
foram transformados mediante o novo nascimento. Só chegarão aos céus aqueles
que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. O céu é o oposto do que tem na
terra, com isso, decifra-se que as coisas daqui ficarão como também as coisas
que a igreja usufruirá na glória não se compartilha com a terra tendo em vista
que para chegar lá o corpo terá de se transformar num corpo glorioso. A vida
cristã não é fácil, exige renúncia, abnegação.
Importa ainda avaliarmos a relação do arrebatamento
e a ressurreição dos mortos. Precisamos atentar acerca da ignorância em relação
aos mortos (1Ts 4.13). Quando fazemos uma leitura das primeiras Epistolas aos
Tessalonicenses e Coríntios, constatamos que os crentes tinham muitas dúvidas
acerca dos mortos em Cristo (1Co 15.12-23,35-54). Equivocadamente, acreditavam
que na volta de Jesus, os que já haviam morrido não tinham mais esperança de
ressuscitar.
Atualmente, muitos também têm dúvidas quando o
assunto é acerca dos que já dormem. Porém, a Palavra de Deus assegura-nos que
os mortos hão de ressuscitar: “Porque, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com
ele” (1Ts 4.14). Farão parte dessa ressurreição todos os salvos desde Abel até
o último a morrer antes do arrebatamento. Estando todos no paraíso celeste com
almas desencarnadas, e, por ordem expressa de Jesus, descerão aos seus
sepulcros onde seus corpos jazem no pó. Incrível acreditar pela fé que, os
milhares de corpos que estão em localização incerta para a família, os que
foram ocultos de sepultamento ou que ainda tenha sido dilacerado os seus
membros; dado a palavra de ordem cada corpo se levantará para o encontro
glorioso com Cristo.
Quanto aos que morreram sem Cristo seus corpos permanecerão
nos seus sepulcros e suas almas no Hades, só reviverão no final do governo
milenial de Cristo para comparecerem diante do trono do juízo final para a
condenação eterna (Dn 12.2).
Em outro
momento, tratando desse mesmo assunto, Paulo ainda afirma: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos
que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição
dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim
também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as
primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15.20-23).
A transformação dos crentes vivos quando Jesus
voltar se dará “num
momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Co 15.52). Diz a Bíblia “que carne e sangue
não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrrupção” (1Co
15.50). Será algo imensurável, a duração de “um piscar de olhos” é de
milionésimo de segundo, ou seja, algo incalculável; a designação grega para
essa rapidez é átomos, da qual se
extrai a palavra átomo,
que por sua vez, significa algo que não sofre divisão. Entende-se
que será algo veloz e súbito.
A outra característica diz
respeito a vigilância, Jesus comparou com a vinda do ladrão, ou seja, numa hora
em que o mundo estará despercebido (I Ts 5.2).A mente humana por mais iluminada
que seja não consegue vislumbrar com precisão a grandeza e a miraculosidade
desse ato. A
transformação dos vivos é um mistério: “Eis aqui vos digo um mistério: [...]
nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista
da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade” (1Co
15.51-53). Pelo ato da transformação, o corpo se tornará espiritual e glorificado.
Assim, imaginamos como ficará o mundo após o
primeiro ato, para isso, pensa-se que hoje muitas pessoas de desesperam quando
um membro da família desaparece, muitos vão aos jornais, estação de tv e rádio;
como será o desespero quando milhares e milhares de pessoas desaparecerem sem
nenhuma evidência? Se instalará um clima de horror e medo sem precedentes na
história humana. Por isso, se você crê no arrebatamento da Igreja, tenha
esperança e procure purificar-se a cada dia mais, pois em breve a Igreja do
Senhor não estará mais neste mundo tenebroso (1Jo 3.3) mas subirá aos céus!
MARANATA!!
Pr Isaac Moura,
Graduado em Letras, Pós-Graduado em Educação Superior, Gestão e Coordenação Pedagógica e Inspeção Escolar. Bacharelando em Teologia.
Pastor Auxiliar na Assembleia de Deus em Mojuí dos Campos-PA
Mensagem ministrada no culto de Doutrina no dia 26
de setembro de 2019.
AGUARDE A PRÓXIMA MENSAGEM SOBRE A REALIDADE DOS
MORTOS.
Pr Isaac Moura,
Graduado em Letras, Pós-Graduado em Educação Superior, Gestão e Coordenação Pedagógica e Inspeção Escolar. Bacharelando em Teologia.
Pastor Auxiliar na Assembleia de Deus em Mojuí dos Campos-PA
Muito interessante esse assunto.
ResponderExcluirQue Deus continue lhe usando grandemente.