O EQUILÍBRIO ENTRE O CARÁTER E OS DONS ESPIRITUAIS

Texto bíblico: Mt 7.22,23

Introdução

O que é CARÁTER? É o que distingue uma pessoa da outra sob o ponto de vista moral, intelectual e espiritual; é o resultado do acúmulo de dados que trabalharam na formação da pessoa. O caráter é o que a pessoa é independente do que aparenta (I Sm 16.7). Se costuma se referir a alguém de más qualidades como o “sem caráter”. Existem 4 virtudes básicas do caráter: sabedoria, coragem, temperança e justiça. O que é DOM? São 14 presentes separáveis que Deus concede aos salvos para a edificação da igreja (Ef 4.12). O caráter pode sofrer alteração tanto para o que é bom quanto para o que é ruim, já os dons são irrevogáveis (Rm 11.29), finalizarão quando Cristo voltar (1 Co 13.8-12).

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

1) É comum dá valor, seja em nós ou nos outros, às manifestações do Espírito Santo e ao exercício dos dons e NÃO ao caráter. É preciso entender que os dons espirituais são concedidos e que operam numa pessoa independente de seu caráter. Jesus deixou claro que no fim o caráter é que encaminhará o destino da alma (Lc 10.20).

2.Muitos usam os dons espirituais para encobrir suas fraquezas de caráter, pois, os dons dão ao possuidor uma imagem bonita e de autoridade espiritual. Quem nunca viu um grande pregador usado em milagres se comportar como um homem diferente ao ponto de exigir coisas incomuns?

O CARÁTER E O JUÍZO VINDOURO

1.Jesus não está condenando os que expulsam demônios e realizam milagres em seu nome; se refere aos que exercem os dons mas vivem na prática do pecado. Expulsar demônios e realizar milagres é ordem de Jesus, e fazem parte da pregação do evangelho. Jesus aponta o fim dos pregadores de muita palavra, mas pouco caráter. Caráter é o que somos, dons é o que temos (cantar, profetizar, pregar, etc.

EXEMPLOS DO USO DE DONS SEM CARÁTER

1.Sansão – tinha dons divinos, mas se perdeu pelo mau caráter que tinha. Recebia forças de Deus que o deixava carismático (Jz 14.19; 15.14), mas suas fraquezas de caráter o destruíram pela experiência no pecado ao mesmo tempo em que era cheio do Espírito de Deus.

2.Balaão – era profeta e tinha capacidade de abençoar a Israel com palavras verdadeiras (Nm 23.18-23, mas seu caráter era pecaminoso (Nm 22.32; 31.16; 2 Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14).

Conclusão

Aquele que crer em Cristo precisa lutar para aperfeiçoar seu caráter para que salvando a muitos não venha perder sua própria alma. (I Co 9.27).

Mensagem ministrada no culto de Oração e Ensino no dia 14 de março de 2019.

ISAAC MOURA

Pastor Auxiliar na Assembleia de Deus em Mojuí dos Campos

Dirigente da Congregação Nova Jerusalém

OS LIMITES DA LIBERDADE CRISTÃ – MATURIDADE ESPIRITUAL

Estudo – PARTE 3

Texto bíblico

I Co 10.1-11

Introdução

O que é MATURIDADE ESPIRITUAL? É um processo contínuo que nunca terminará nesta vida terrena. Em Filipenses 3:12-14, Paulo aborda sobre o pleno conhecimento de Cristo no futuro, dessa forma, almejava ele nos informar que enquanto estivermos aqui necessitaremos de amadurecer todos os dias. Deixe-me começar dizendo que não devemos ignorar as ações de um novo convertido, pois, nessa condição, é comparado a uma criança.  Assim como não é errado para uma criança fazer as coisas próprias da idade (mesmo assim cabe aos pais ensinar por bom senso o que é certo para a criança a fim de formar sua mente). Infantilidade só é irritante em um adulto. Quando uma criança de quatro anos faz algo engraçado próprio da sua natureza considera-se saudável, como por exemplo, um menino vestir uma cueca do pai por sobre sua calça, alegando ter visão raio-x. Quando seu pai faz isso, é preocupante!  (risos).

O EXEMPLO DE ISRAEL.

Entre os capítulos 9 e 10 Paulo expõe sobre o cristão amadurecido que se disciplina para melhor servir a Cristo e sobre a falta d imaturidade de Israel marcada pelo auto confiança e perca da autodisciplina.

1) Deus deu toda a condição para o povo ter experiências espirituais com ele. A nuvem de Ex 14 e o livramento da escravidão por meio do mar. Assim como a provisão milagrosa do deserto (Ex 15,16). A maturidade tem mais a ver com as atitudes da pessoa do que das responsabilidades Divinas. Há pessoas que cobram muito de Deus mas querem viver do jeito que bem entendem. A maturidade vem se resumir no claro compromisso que a pessoa assume diante de Deus para viver de forma digna diante de cada situação na vida.

2.As muitas experiências não fazem uma pessoa madura: nuvem de dia, fogo de noite, maná caindo do céu, passagem pelo mar vermelho, todos tiveram um líder espiritual. Nada disso foi suficiente para agirem com prudência e reverência para com Deus; um crente é possível ter anos de vida na igreja e mesmo assim ser um ignorante (I Co 10.1).

A MANIFESTAÇÃO DA IMATURIDADE – v 7

1.v7 - Na ausência de Moisés (no monte), o povo perdeu o equilíbrio – Não seja crente na sua liderança. O culto ao bezerro tinha o engano de ser a Deus, ou seja, não foi dito que era um culto de idolatria mas a Deus (Ex 32.5). Existem inúmeras batalhas que perdemos a luta não por sermos fracos mas pela falta de maturidade. Abrão é um clássico exemplo de como agir com maturidade (agindo na confiança da fé), quando percebeu que a inquietação de Ló a seu respeito era a ganância usou da liberdade e lhe concedeu o poder da decisão e direcionar seu destino, pois não confiava nos bens que possuía mas em Deus (Gn 13.9).

2. v.8 -O episódio de Nm 25.1-5, a mistura com Baal-peor. Imoralidade sexual e culto. Tudo na vida se volta para a área espiritual – não nos enganemos com isso. Cuidado com certos cultos que você vai ou o que você ouve no culto. A maturidade vem pela palavra de Deus (discernimento). Nem tudo que é dito hoje é verdadeiro, tem sempre o hábito de consultar nossa mente fundamentada na palavra (At 17.11).

3.v.-9 – O povo murmurou por causa da alimentação no deserto (Nm 21.5). A murmuração põe Deus em descrédito. Quem pratica essa ação, põe Deus ao lado do diabo, pois, acredita que Ele não faz o que cremos segundo a sua vontade, ou melhor, dá a visão que Ele nada tem capacidade de fazer, isso contraria sua palavra (Jo 15.5).

Conclusão

Amadurecer espiritualmente é procurar viver de acordo com a palavra e com a vontade de Deus; é viver não para agradar a si mesmo mas a Deus.

ISAAC MOURA

Pastor - COMIEADEPA 3317/CGADB 98.649

NÃO À CARNE E SIM AO ESPÍRITO

 editorial da semana

Esses dias, o Brasil principalmente, festeja uma das mais antigas e populares festas - o carnaval. Apóstolo Paulo enfatizou que "Os que estão na carne não podem agradar a Deus" Rm 8.8. Essa premissa apostólica refere-se ao lugar do pecado no homem (a carne). Ao lermos II Pe 2.18/ I Jo 2.16, essa significação se faz presente. As raízes dessa festa estão na cultura mesopotâmica, grega e romana. Do latim _carnis levale_ traz o significado de fazer um retiro para a carne. Portanto, temos a clara definição que esse momento é um espaço dedicado totalmente as obras da carne em um dia ou mais específicos. Traz a ideia da liberalidade dos atos, da promiscuidade e outras tais ao gênero. É de admirar que tudo isso se relaciona historicamente a ação do catolicismo em instituir o jejum quaresmal como uma tentativa de enquadrar o paganismo. Ao lembrar de Ex 32 vemos o povo que há poucos instantes era povo de Deus com total liberdade para a vazão aos desejos e assim com livre ilusão de esta fazendo festa a Deus mas na verdade voltando-se para o inimigo de suas almas. Pinto (2019) esclarece que: "Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado". As conclusões de Tales revelam para nós cristãos o que revela as escrituras, a entrega ao prazer traz consequências irreparáveis ao espírito que nenhuma formalidade religiosa posterior reconstrói. O pensamento apostólico refere aos ignorantes quanto a estas coisas espirituais, pois, refere-se ainda ao povo nascido de novo como "vós, porém, não estais na carne", ou seja, nossas vontades não estão livres mas "a vida que vivo agora na carne" (vida) vivo cativo a vontade da Cruz (Gl 2.20).  O entendimento retrógrado espiritual dos homens sem Deus não consegue computar os prejuízos advindos desses dias, no entanto o Espírito Santo continua bradando "santificai-vos". A santificação separa nos de qualquer que tente vestir o festivo como algo que pode se aproveitar algo no campo espiritual. Deus não precisa de ferramentas imundas para se revelar. Que Deus nos traga paz, firmeza e visão para continuarmos focados na sua Glória eterna (At 7.55). Boa semana com a graça de Deus.

ISAAC MOURA

Pastor