O fundador da União Municipal dos Estudantes de Santarém
(UMES),
Humberto de Moraes Lamego, 43 anos, trava uma batalha pela vida. Portador de
uma doença autoimune, o servidor público estadual licenciado está há cinco
meses lutando com muitas dificuldades para sobreviver. Diagnosticado com uma
cirrose, causada por esteato-hepatite não alcoólica (autoimune), Humberto
Lamego busca tratamento fora de Santarém. A indicação médica é pelo transplante
de fígado, porém, as dificuldades enfrentadas por ele e sua família são muitas,
sobretudo pelo lado financeiro. De
acordo com as estatísticas médicas, uma pessoa nestas condições tem cerca de 1
a 3 anos de vida.
Casado e pai de duas crianças, Lamego busca apoio nos amigos
e na família para superar todas as diversidades deste momento de sua vida. O
tratamento contra a doença não é simples e exige um custo muito alto, sobretudo
para custeio com medicamentos e exames.
Origem - Estaetose-Hepática (gordura no fígado) é causada
por uma alimentação irregular, falta de prática de exercício físico, noites sem
dormir, estresse, entre outros aspectos. Esta doença não tratada causa a
cirrose.
A Cirrose é uma doença silenciosa que se instala em
determinado órgão do corpo humano, dificilmente é descoberta na fase inicial,
seu diagnóstico se dá, na maioria das vezes, na fase final, ou seja, o órgão fibrosa ou necrosa, o que leva a
vítima a entrar em processo clínico de ascite (liquido em excesso no abdômen),
encefalopatia (perda de memória e coma) entre outras situações adversas como
pressão arterial alta, derrames, palpitações, limitações na respiração, traumas
e sequelas decorrentes ao avanço da
doença.
Atual condição: Humberto Lamego atualmente se encontra
licenciado de suas funções de servidor público do Estado, já que está com
limitações das atividades laborais e das mais cotidianas como andar, fazer
esforço físico e mental, etc. Para manter o fígado funcionando, ele segue
criteriosamente as indicações médicas quanto aos remédios, além de manter uma
alimentação mais saudável.
Ele foi internado no dia 19 de setembro do ano passado,
porém, aqui não foi descoberta a doença. O servidor público então seguiu para
Belém, onde lá a doença foi diagnosticada. Foi recebido no Hospital Porto Dias
(Plano IASEP), onde permaneceu por alguns dias, entre inúmeras coletas de
exames simples e complexos, fisioterapias, radiografias do tórax, ultrassom
abdominais, tomografias e ressonâncias, pois o quadro era complexo e
necessitava ser investigado de diferentes formas, pois de início não se sabia o
que tinha ocasionado a cirrose, visto que ele não ingeria bebia alcoólicas, não
utilizava sintéticos, ou qualquer droga
ou química, então foram necessárias inúmeras coletas de sangue para descartar
qualquer possibilidades de aquisição por
vírus, ou qualquer outra
contaminação descrita nos quadros hepatológicos.
Neste período ele teve um quadro muito complexo no qual foi
diagnosticado a cirrose, a equitericia, a ascite, o derrame pleural, nódulos no
pulmão, picos de pressão arterial alta, sintomas de diabetes, gastrite,
esofagite, deodenite, pneumonia, uma complexidade de ferro no sangue ( além do
normal para idade dele) e leptospirose.
Com o quadro de desidratação, encefalopatia e outras
complicações da doença, Lamego foi novamente internado. Desta vez, foi parar na
UTI, tendo inclusive ficado em estado de coma.
Após 02 meses de luta, entre entradas e saídas das
internações, UTI, ele conseguiu atendimento com um médico Hepatologista
especializado nesta área, sendo que o profissional realiza atendimento particular
no valor de R$ 400,00 cada consulta, para fazer um panorama do que estava
realmente acontecendo com o organismo dele, pois o HPD somente fazia o mesmo
ficar estável e dava sua alta sem qualquer conduta precisa, alegando que o
hospital não possui hepatologista em seu quadro médico. “Foi então que eu
'exigir' a presença de um profissional desta área para dar o suporte necessário
para a situação que ele estava naquele momento, ou seja, uma avaliação
especializada do caso para podermos tratar de forma adequada baseando nos
resultados dos exames que já haviam sido expedidos, porém, muitos outros ainda
não haviam sido laudados por conta do tempo e o médico se prontificou em
assumir o paciente”, recorda Humberto Lamego.
Apesar de pagar o plano Iasep, o mesmo dispõe para todo o
Estado, de apenas uma profissional hepatologista em seus quadros e que para
consegui uma consulta anda-se "a luz de lamparina", visto que o
índice de portadores de doenças gastrointestinal (incluindo os hepatopatas) é
muito grande no Pará. Para continuar sua luta, foi necessário pagar médico
particular e realizar exames. Humberto Lamego continua sua luta pela vida, tentando
sobreviver seguindo as orientações médicas e com o apoio da família.
“Não havendo outra alternativa, clinicamente falando,
há riscos x benefícios neste
procedimento, pois além da espera de um
novo órgão que não sabemos o dia em que teremos essa bênção há também o fator
rejeição, pois segundo as estatísticas
de 100% que recebem um novo órgão, cerca se 15% vão a óbito em menos de 12
meses. Os sobreviventes tem que tomar remédio toda a vida para o corpo não
rejeitar o novo órgão, mas se ele continuar deste jeito 85% não chegam a 3 anos
de vida. Infelizmente em Belém não há transplante de fígado, por essa razão e após
esgotarem-se toda e qualquer forma de tratamento aqui no Pará é que temos segui para Fortaleza (CE) em
busca deste procedimento, e em vista
disto, o médico laudou a situação e assinou o TFD (Tratamento Fora do
Domicílio) para com auxílio do governo buscar um melhor tratamento. Já demos
entrada do TFD no órgão competente local (SESMA/SUS) pois este é responsável pelo auxílio de translado
(passagens) e o financeiro que gira em torno de R$ 49,00 por
dia para o paciente e o acompanhante se manterem (transporte, alimentação,
hospedagem...) enquanto estiverem oficialmente fora do domicilio em tratamento,
neste caso em Fortaleza. Esse valor é apenas um auxílio e infelizmente não dará
para custear tantas despesas, temos que ter o nosso próprio 'socorro'. No momento
estamos aguardando chamada da Sesma, pois nos deram um prazo de 30 dias para
nos dar uma resposta de liberação ou não do auxílio pois o mesmo é avaliado por
diversos profissionais”, resume Lamego.
Para continuar nesta batalha, Humberto conta com o apoio de
amigos e familiares, já que não pode mais trabalhar e até o transplante terá
que sobreviver com muitas limitações.
“Esgotamos todas as nossas possibilidades financeiras, pois
devido os onerosos descontos em folha referente a licença saúde e parcelas de empréstimos
bancários, das quais realizamos para
subsidiar as despesas nestes.
Não temos nem como manter
a família (aluguel, luz, água, alimentação, remédios, transporte, entre outras despesas eventuais),
muito menos manter as despesas que teremos em Fortaleza no período do
tratamento, pois a única fonte de renda é a dele, uma vez que não posso trabalhar fora e deixa-lo só com 2
crianças. Hoje esgotada as possibilidades de tratamento aqui em Belém, e pela
falta de recursos financeiros, resolvemos pedir
ajuda dos amigos, pois ao seguir
para outra capital, entendemos que o salário que recebo e o auxilio do TFD não
suprirá as despesas que teremos tanto lá em Fortaleza quanto a que já temos
com nossa família, pois os
recursos são limitadíssimos, mas Deus nos diz para continuar confiando porque
Ele trará o alimento até nossa casa como levou, através de um corvo, o alimento
até Elias”, finaliza.
Ajudas são bem vindas:
Banpará
Humberto de Moraes Lamego
Agência: 0024
Posto: 01
Conta Poupança: 604213-9
Caixa Econômica Federal
Maria Edilene Silva das Neves Lamego
Agência:3249
Operação: 013
Conta Poupança: 3143-1
Banco Itaú
Humberto de Moraes Lamego
Agência: 6325
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